Política

Lula lidera intenção de votos com 40%

Lula lidera intenção de votos com 40%
Crédito: REUTERS/Amanda Perobelli

Brasília – Com a saída do ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (União Brasil) da corrida presidencial, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou 40% das intenções de voto para o primeiro turno, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) somou 35%, segundo pesquisa PoderData divulgada ontem.

Neste cenário, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) tem 5% e o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) outros 3%, mesmo índice do deputado André Janones (Avante). A senadora Simone Tebet (MDB) obteve 2% das intenções de voto.

Doria e Simone Tebet são dois nomes que buscam se viabilizar como o candidato da chamada terceira via com o objetivo de fazer frente à polarização Lula-Bolsonaro.

Embora não seja possível comparar com a sondagem anterior, o levantamento indica que a saída de Moro da corrida presidencial beneficiou Bolsonaro. Há 15 dias, o presidente tinha 32%, enquanto Lula aparecia com 41%. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.

No confronto de segundo turno, a diferença entre Lula e Bolsonaro foi reduzida. O ex-presidente tem 47% e o atual chefe do Executivo, 38%. Segundo o instituto, é a menor diferença em um ano –em março de 2021 era 41% para o petista e 36% para o presidente. Na virada de agosto para setembro do ano passado, ela chegou a ser de 25 pontos percentuais – 55% para Lula e 30% para Bolsonaro.

A nova pesquisa foi feita por telefone entre os dias 10 e 12 de abril, tendo entrevistado por telefone 3 mil pessoas em 322 municípios nas 27 unidades de Federação.

Chapa – O Diretório Nacional do PT aprovou ontem, com 68 votos a favor, o nome do ex-governador Geraldo Alckmin para candidato a vice na chapa encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Treze membros do diretório votaram contra Alckmin, mas a favor da coligação com o PSB, partido ao qual o ex-governador de São Paulo está filiado. E outros três integrantes do colegiado votaram contra inclusive a coligação com o PSB.

O resultado, já esperado, terá que ser ainda confirmado no Encontro Nacional do PT, que acontece no início de junho. De acordo com uma fonte, no entanto, o encontro nacional repete a composição do diretório e não trará surpresas.

A resistência a Alckmin, ainda que pequena era esperada. Algumas alas do partido já haviam vocalizado a contrariedade com a composição com Alckmin – entre eles o deputado Rui Falcão, ex-presidente do partido.

Em uma nota, o partido deixou claro que a aliança com o PSB, e a formação de uma chapa com Alckmin – que já foi adversário de Lula e até novembro era filiado ao PSDB, rival do PT – é essencial para a campanha deste ano.

Além de consolidar a unidade do campo popular, o PT deve buscar ampliar o apoio a Lula em outros setores políticos e sociais.

“A coligação nacional com o PSB, que apresentou formalmente o nome do ex-governador Geraldo Alckmin para compor a chapa como candidato a vice-presidente de Lula, será importante passo na direção almejada. Confirmará nossa disposição de, no governo, implementar um programa de reconstrução e transformação do Brasil, ampliando nossa base social”, diz a nota divulgada pelo PT.

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