Lula diz que visita de Maduro é momento histórico

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira que a visita do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ao Brasil representa um momento histórico, após oito anos sem que ele viesse ao país.

“Depois de oito anos, o presidente Maduro volta a visitar o Brasil e nós recuperamos o direito de fazer política de relações internacionais com a seriedade que sempre fizemos, sobretudo com os países que fazem fronteira com o Brasil”, disse Lula durante declaração à imprensa no Palácio do Planalto ao lado de Maduro.

O presidente também exaltou a relação entre Brasil e Venezuela, dizendo que o país latino-americano sempre foi um “parceiro excepcional”.

Maduro quer restabelecer a relação com investidores brasileiros

Nicolás Maduro, disse que a Venezuela quer restabelecer as relações com investidores e empresariado brasileiro.

“A Venezuela hoje está preparada para que retomemos nossas relações tão virtuosas, isso junto aos investidores e empresários brasileiros”, disse Maduro no Palácio do Planalto.

“A Venezuela está de portas abertas com plenas garantias a todo o empresariado para que voltemos ao tempo de trabalho conjunto de investimentos e crescimento econômico.”

Maduro também disse que a relação entre Brasil e Venezuela foi “truncada” pelo que chamou de “ideologização extrema” das relações internacionais e atribuiu a divisão a uma ação da direita.

Venezuela nos Brics

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, após reunião com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que tem posição favorável à entrada do país sul-americano no grupo dos Brics.

Lula afirmou que eventual pedido venezuelano será discutido pelos países do bloco, caso seja formalizado. Além do Brasil, o Brics é formado Rússia, Índia, China e África do Sul.

O presidente também defendeu que a América do Sul se convença da necessidade de trabalhar como um bloco no âmbito internacional.

Afirmou ainda que juntos, no formato de bloco, os países da América do Sul terão “muito mais força” para negociar.