Lula mantém liderança nas intenções de votos

São Paulo – Pesquisa Genial/Quaest divulgada ontem mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 44% das intenções de voto na corrida presidencial, contra 34% de Jair Bolsonaro (PL) nas perguntas estimuladas.
Ciro Gomes (PDT) aparece com 6%, Simone Tebet (MDB) com 5% e Soraia Thronicke com 1%.
O número de indecisos é de 5% nessa nova rodada, enquanto brancos ou nulos também somam 5%. Os demais candidatos não pontuaram na pesquisa, que é financiada pela corretora de investimentos digital Genial Investimentos, controlada pelo banco Genial.
A sondagem da Quaest, empresa de consultoria e pesquisa, ouviu 2.000 pessoas com mais de 16 anos nos domicílios de sábado (17) até a noite de terça (20). O número do registro na Justiça Eleitoral é BR-04459/2022.
Lula (PT) – 44% (tinha 42%) Bolsonaro (PL) – 34% (tinha 34%) Ciro Gomes (PDT) – 6% (tinha 7%) Simone Tebet (MDB) – 5% (tinha 4%) Vera (PSTU) – 0% (tinha 0%) Felipe d’Avila (Novo) – 0% (tinha 1%) Soraia Thronicke (União Brasil) – 1% (tinha 1%) Indecisos – 5% (eram 6%) Branco/nulo – 5% (eram 5%).
Na simulação de segundo turno, Lula registra 50% das intenções de voto, variando dois pontos percentuais para cima em relação à rodada anterior (48%). Já Bolsonaro manteve os 40% no período.
Entre os entrevistados da Genial/Quaest, 76% estão decididos sobre os seus votos, enquanto 23% ainda podem mudar. Para Lula ganhar já no primeiro turno, 26% dizem que trocariam de candidato (eram 25% há uma semana); 64% não topariam a manobra (eram 66%).
O levantamento mostra ainda que a avaliação negativa do governo interrompeu tendência de melhora e oscilou um ponto para cima, chegando a 39%. A avaliação positiva foi de 32% para 31%.
Bolsonaro continua como o mais rejeitado, empatado com Ciro. Entre os entrevistados, 54% dizem que não votariam em nenhum dos dois candidatos de jeito nenhum. Na rodada anterior, o presidente era rejeitado por 52% enquanto o pedetista por 50%. O ex-presidente Lula tem 46% de rejeição.
PoderData
Divulgada também nessa quarta-feira, a pesquisa PoderData mostrou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 7 pontos de vantagem sobre o atual mandatário e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), no primeiro turno da eleição presidencial, marcado para 2 de outubro, uma oscilação para cima de 1 ponto em relação à vantagem que o petista tinha há uma semana.
Segundo o levantamento, Lula tem 44% das intenções de voto, ante 43% na pesquisa de uma semana atrás, enquanto Bolsonaro aparece com os mesmos 37% registrados na pesquisa anterior. A variação de Lula aconteceu dentro da margem de erro da pesquisa, que é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Ciro Gomes (PDT) aparece com 7%, ante 8% na pesquisa anterior, enquanto Simone Tebet (MDB) tem 4%, ante 5%. Os demais candidatos somados chegam a 2%, ante 1% uma semana atrás. Brancos e nulos se mantiveram em 3% e os indecisos são os mesmos 2% da semana passada.
Em um eventual segundo turno, a vantagem de Lula sobre Bolsonaro oscilou 1 ponto para baixo e agora é de 8 pontos percentuais.
Segundo o levantamento, o petista venceria o candidato à reeleição por 50% a 42%. Na semana passada o placar favorável a Lula era de 51% a 42%.
O PoderData ouviu 3.500 pessoas por telefone nos dias 18 a 20 de setembro.
Rosa Weber defende o sistema eleitoral
Brasília – A 11 dias do primeiro turno das eleições, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, defendeu o atual sistema de votação brasileiro ao dizer que as urnas eletrônicas são auditáveis, confiáveis e o resultado sai no mesmo dia, ao destacar que não há sinais de fraudes em 30 anos no seu uso.
Em reunião virtual com representantes do Judiciário de países que compõem os Brics –Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul –, Rosa Weber disse que o País tem um histórico de confiança no uso da tecnologia para solucionar problemas institucionais.
A presidente do STF citou o atual sistema de votação que substituiu a votação em cédulas de papel, que possibilitava muitas fraudes, “por um método informatizado desde 1996, com a implantação do sistema de urnas eletrônicas auditáveis”.
“Os votos digitais permitem confiança e velocidade na apuração, de modo a viabilizar a declaração dos resultados no mesmo dia”, disse, ao citar que nas eleições de 2018 foram contabilizados quase 116 milhões de votos nas disputas para presidente da República, governadores e parlamentares.
“Trata-se de feito singular e que apresenta melhor performance quando comparado com quaisquer outros métodos, e cuja credibilidade e legitimidade são evidenciadas pela inexistência de demonstração efetiva de falhas no sistema ao longo dos quase 30 anos de sua aplicação”, reforçou.
O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), no entanto lançou repetidas vezes suspeitas sem evidências de fraudes ao processo eleitoral.
Em meio ao funeral da rainha Elizabeth em Londres, Bolsonaro deu uma entrevista ao SBT em que jogou pressão sobre o TSE em relação ao resultado das eleições.
“Está bastante dividido, muito mais favorável a mim. Eu digo, se eu não tiver ao menos 60% dos votos, algo de anormal aconteceu no TSE, tendo em vista o datapovo, que você mede pela quantidade de pessoas que, não só vão nos meus eventos, bem como nos recepcionam ao longo do percurso”, disse.
As pesquisas de intenção de voto, no entanto, têm mostrado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente da disputa, com algumas delas indicando a possibilidade de o petista garantir a eleição já no primeiro turno. (Reuters)
Ouça a rádio de Minas