Política

Lula promete continuar a elevar salário mínimo e assegura benefício a aposentados

Lula voltou a repetir em seu discurso estar otimista com a situação do país e afirmou que a economia está bem e que a inflação está caindo
Lula promete continuar a elevar salário mínimo e assegura benefício a aposentados
Foto: Itatiaia / Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que vai continuar aumentando o salário mínimo durante seu mandato, ao mesmo tempo em que afirmou que não tirará dos aposentados o direito de serem beneficiados por esses reajustes.

Em evento para inauguração do contorno viário de Florianópolis (SC), Lula defendeu ainda que o crescimento econômico do Brasil precisa ser repartido.

“Tem gente que acha que eu não deveria aumentar o mínimo porque atrapalha a Previdência. Eu vou continuar aumentando o mínimo, porque quem ganha salário mínimo tem que ser respeitado e tem que trabalhar para comer”, disse Lula em seu discurso.

“Por que eu vou tirar o direito de o aposentado receber o aumento do salário mínimo?”, questionou.

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Integrantes do mercado financeiro têm pressionado pela revisão estrutural de despesas do governo, incluindo uma desvinculação de benefícios previdenciários da política de ganhos reais do salário mínimo.

A ideia chegou a ser sugerida nós últimos meses pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, mas foi rejeitada por Lula.

Agentes do mercado também têm reiterado constantemente preocupações com a situação fiscal do país e pressionado pela adoção de medidas de ajuste fiscal pelo lado das despesas.

Lula voltou a repetir em seu discurso estar “otimista” com a situação do país e afirmou que “a economia está bem” e que “a inflação está caindo”.

No entanto, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na manhã desta sexta que o IPCA, índice inflacionário usado como referência para o regime de metas de inflação, subiu 0,38% em julho – acima das expectativas do mercado, de alta de 0,35% -, ante 0,21% em junho.

No acumulado em 12 meses, o índice chegou a 4,50% – acima da expectativa de mercado de 4,47% -, atingindo o teto da meta de inflação para este ano. A meta é de 3% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Na ata de sua última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, afirmou que não hesitará em elevar a taxa de juros para assegurar a convergência da inflação à meta se julgar apropriado. Nessa reunião, realizada na semana passada, o Copom manteve a taxa básica de juros, Selic, em 10,50% ao ano.

Reportagem distribuída pela Reuters

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