Entrega de obra em Contagem gera desconforto entre Marília Campos e Zema

As obras da bacia B3, na antiga Vila PTO, no bairro Água Branca, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, que buscam contribuir para a redução dos alagamentos na área, foram entregues pelo governo de Minas Gerais e pela prefeitura da cidade nesta segunda-feira (18), ao custo compartilhado de R$ 28,2 milhões, após um ano de atraso. Além dos transtornos pelo tempo estendido, um outro fato chamou atenção para o evento: um desentendimento entre as equipes do Estado e do município em questão.

Na inauguração das intervenções, estavam o governador Romeu Zema (Novo), o vice, Mateus Simões (Novo), e a prefeita de Contagem, Marília Campos (PT). Também participavam representantes da Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem de Brumadinho (Avabrum) – parte dos R$ 21,2 milhões investidos pelo Estado vem do Termo de Reparação da mineradora Vale, por consequência do rompimento da barragem de Brumadinho, e os demais R$ 7 milhões são do próprio município de Contagem.

Em determinado momento do evento, segundo informações da prefeitura, o cerimonial do governo de Minas se organizou para gravar um vídeo com integrantes da Avabrum, e pediu que a prefeita se retirasse. Diante da situação, Marília e seus secretários deixaram o local. Uma coletiva de imprensa foi iniciada, sem a participação da prefeitura.

O imbróglio ocorre dois dias após Zema afirmar, durante lançamento da sua pré-candidatura à disputa presidencial, que quer “varrer” o partido de Marília “do mapa”. O Diário do Comércio procurou a prefeitura para ter mais detalhes sobre a situação, que explicou que não se estenderá sobre o tema. Já o governo de Minas não havia se manifestado até a publicação.

Obras visam evitar inundações na avenida Tereza Cristina

Conforme o governo de Minas, a construção da bacia B3 busca reduzir alagamentos na região da avenida Tereza Cristina e evitar o transbordamento dos córregos Ferrugem e Ribeirão Arrudas, em Contagem e em Belo Horizonte. A bacia B3 tem capacidade para reter mais de 102 milhões de litros de água — o equivalente a cerca de 41 piscinas olímpicas — em uma área total de 16.850 metros quadrados.