Pacheco será presidenciável pelo PSD

Brasília – O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), participou ontem de cerimônia de filiação ao PSD, em evento em Brasília no qual foi tratado como o presidenciável da legenda para as eleições do próximo ano. Na cerimônia, Pacheco não falou de candidatura ao Palácio do Planalto, mas fez um discurso claro para marcar posição e se colocar como diferente dos principais nomes apontados como concorrentes na eleição de 2022.
O presidente do Senado pregou união, afirmando que o País chegou ao “limite dos extremos”. “A gravidade do momento que assola nosso País nos impõe uma tomada de decisão. Decisão esta que não é contra quem quer que seja, mas a favor do Brasil e dos brasileiros. O caminho para solucionar as várias crises que estamos enfrentando é a união. Quando falamos em unirmos o País é porque chegamos ao limite dos extremos”, disse Pacheco, que deixou o Democratas.
Pacheco defendeu a boa política e destacou que é preciso, urgentemente, retirar milhares de brasileiros da “miséria absoluta” em que vivem. “Não podemos tolerar que o nosso País, com a base agrícola, repleto de heróis do campo, tenha um cidadão sequer passando fome”, disse.
O evento de filiação do senador foi realizado no Memorial JK, em Brasília, com a presença de parlamentares e dirigentes partidários de várias legendas. Em vários momentos, houve referências e comparações de Pacheco com o ex-presidente Juscelino Kubitschek.
O presidente do PSD, Gilberto Kassab, disse que o presidente do Senado será presidenciável pela legenda. “Ele não vai aqui evidenciar, até porque vai fazer uma reflexão, mas, em off, reservadamente, Rodrigo Pacheco vai ser nosso candidato a presidente do Brasil”, afirmou.
Apesar do entusiasmo de Kassab, pesquisas ao Planalto tem apontado Pacheco com modestas intenções de voto ao cargo, bem distante do presidente Jair Bolsonaro e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
PEC dos Precatórios – O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou ontem que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios será tratada com agilidade na Casa assim que for votada e encaminhada pela Câmara dos Deputados.
O presidente do Senado defendeu que a solução para os precatórios precisa levar em conta a necessidade de pagá-los, aliada à responsabilidade fiscal e ao respeito ao teto de gastos. Ele garantiu, ainda, que tem o compromisso com o Executivo e com a Câmara, de ajudar a encontrar uma solução para o tema.
Pacheco também aproveitou para rebater críticas de que o Senado estaria segurando a votação de um outro projeto de interesse do governo, o da reforma do Imposto de Renda (IR), externadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
O presidente do Senado afirmou que o projeto do IR tem criticas na Casa, mas não está “travado”. Segue, segundo ele, seu trâmite “lógico” e regimental”.
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