Política

Pacheco vai assumir a Presidência

Pacheco vai assumir a Presidência
Crédito: REUTERS/Adriano Machado

Brasília – O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), vai assumir a Presidência da República durante a viagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) para o velório da rainha Elizabeth 2ª, em Londres, no Reino Unido, no dia 19 de setembro.

O cargo deveria ser ocupado primeiro pelo vice-presidente, Hamilton Mourão (Republicanos), e, em sua ausência, pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). No entanto, os dois são candidatos nas eleições deste ano e, segundo a legislação eleitoral, não podem ocupar o cargo de presidente nos seis meses anteriores ao primeiro turno da eleição, em 2 de outubro.

A expectativa é que Bolsonaro viaje já no fim de semana para a solenidade de despedida da rainha, que ocorre na próxima segunda-feira, e no dia seguinte siga para Nova York, onde ocorrerá a Assembleia-Geral das Nações Unidas.

Neste caso, Mourão e Lira têm duas opções: um deles assumir a Presidência (o que o tornaria automaticamente inelegível) ou ambos saírem do país até que o Jair Bolsonaro volte.

A equipe de Hamilton Mourão confirmou à reportagem que o vice-presidente irá para o Peru, mas a reportagem aguarda informações sobre o período da viagem. Arthur Lira informou que também irá viajar, mas sua equipe afirma que ele ainda não definiu o destino.

Por isso, Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, deve assumir as atribuições de presidente da República, segundo apurou a reportagem. Eleito senador em 2018 e com um mandato de oito anos, Pacheco não é candidato nas eleições atuais.

Assembleia-Geral – Bolsonaro, por sua vez, informou que seguirá direto de Londres para os Estados Unidos, para a Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York.

O Brasil é, por tradição diplomática, o País que faz o discurso de abertura da assembleia. Em plena campanha eleitoral, Bolsonaro já avisou que sua fala abordará temas de interesse externo do País, como a questão ambiental, mas também dedicará boa parte a assuntos internos, como o auxílio emergencial e pautas de costumes, bandeiras levantadas pelo presidente na campanha.

“À noitinha eu embarco para o Reino Unido (para) a despedida da rainha Elizabeth”, disse o presidente a apoiadores. “E daí, na segunda à noite, eu vou para os Estados Unidos para a abertura da ONU”, afirmou, acrescentando que deve retornar ao Brasil na noite da terça-feira (20).

Bolsonaro, que no dia da morte da rainha decretou luto oficial de três dias no Brasil, avaliava se viajaria para prestar as últimas homenagens, ponderando que o deslocamento ocuparia dias em sua agenda de campanha à reeleição.

No domingo, no entanto, confirmou que estará pessoalmente no funeral da monarca, que foi sucedida no trono britânico por seu filho mais velho, o agora rei Charles 3º. (Gabriela Vinhal e Leonardo Martins/Folhapress/ Reuters)

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