Política

PF abre inquérito para apurar ataque contra Bolsonaro

PF abre inquérito para apurar ataque contra Bolsonaro

Brasília – A Polícia Federal (PF) instaurou inquérito para apurar o ataque contra o candidato à Presidência da República, deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), ferido durante um ato de campanha, na tarde de quinta-feira (6), em Juiz de Fora, na Zona da Mata.

Em nota, a PF confirmou que o homem suspeito de ter esfaqueado o candidato, Adélio Bispo de Oliveira, de 40 anos, foi detido por populares e seguranças e conduzido por policiais federais para a Delegacia da Polícia Federal em Juiz de Fora, onde prestou depoimento. Antes de ser retirado do local, o suspeito chegou a apanhar de pessoas que acompanhavam o evento.

Bolsonaro era carregado por populares quando foi atingido por um objeto perfurante. Além de seguranças particulares, o candidato era escoltado por policiais federais que o levaram para o Hospital Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora.

O presidente Michel Temer pediu ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, reforço da Polícia Federal na segurança dos presidenciáveis. O presidente conversou com Jungmann no início da noite de sexta-feira (6) e o assunto foi exatamente o atentado sofrido pelo candidato do PSL, Jair Bolsonaro. Além de pedir mais segurança aos candidatos, Temer pediu “apuração rigorosa dos fatos”, segundo a assessoria do Palácio do Planalto.

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Para Temer, o episódio serve de exemplo para aqueles que pregam a intolerância em suas campanhas. “Se Deus quiser, o candidato Bolsonaro passará bem. Tenho certeza que não haverá nada mais grave, esperamos. Mas que sirva de exemplo para que as pessoas que hoje estão fazendo campanha percebam que a tolerância é uma derivação da própria democracia”, disse Temer em evento realizado na tarde de quinta-feira (6), no Palácio do Planalto.

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“Questões pessoais” – A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) confirmou que Adelio Bispo de Oliveira foi o responsável por esfaquear Bolsonaro. O homem que atacou o presidenciável alegou, ao prestar depoimento à polícia, que agiu motivado por “questões pessoais”

A informação foi dada pelo coronel Alexandre Nocelli, comandante da quarta região da Polícia Militar de Juiz de Fora. O comandante confirmou que a segurança do candidato era feita por agentes da Polícia Federal, e não por policiais militares, e que a arma foi uma faca. Ainda de acordo com o PM, Adelio foi agredido enquanto era escoltado até a Delegacia da Polícia Federal na cidade.

Em nota divulgada pela Polícia Federal (PF), a corporação afirma que Bolsonaro “contava com a escolta de policiais federais quando foi atingido por uma faca durante um ato público”. A mensagem ainda diz que “o agressor foi preso em flagrante e conduzido para a Delegacia da PF naquele município. Foi instaurado inquérito policial para apurar as circunstâncias do fato.”

Em seu perfil no Facebook, Oliveira tem muitos posts com teor político, e com críticas a Bolsonaro. A frase que o define na rede social é “Não importa em que partido tu militas, nem a ideologia em que acreditas, ou que fé tu praticas. Se tens prazer no triunfo da justiça, então somos irmãos”.

O advogado de defesa diz ter ficado surpreso com a informação quando soube que trava-se de Adelio. “Fiquei muito surpreso quanto soube que era o Adelio. Tive pouco contato com ele mas até onde conheci não parecia uma pessoa violenta. Ele era servente de pedreiro”, disse o advogado Pedro Tiago Oliveira Santos que defende Adelio em uma ação trabalhista.

Repúdio – A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, divulgou nota à imprensa repudiando o ataque sofrido por Bolsonaro, ferido durante um ato de campanha, em Juiz de Fora.

“O Tribunal Superior Eleitoral repudia toda e qualquer manifestação de violência, seja contra eleitores, seja candidatos ou em virtude do pleito. As eleições são uma manifestação de cidadania por meio da qual o povo expressa sua vontade. Inaceitável que atitudes extremadas maculem conquista tão importante quanto é a democracia”, afirmou a ministra.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, divulgou, por meio de sua assessoria, um comunicado no qual demonstrou preocupação com atos de violência durante a campanha eleitoral. A ministra também pediu celeridade nas investigações. (ABr/AE)

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