Política

Presidente Lula evita embate com militares em cerimônia no Planalto

Cerimônia teve a presença de petistas, ministros do STF e comandantes das Forças Armadas
Presidente Lula evita embate com militares em cerimônia no Planalto
Crédito: Ricardo Stuckert / PR

Brasília – Na cerimônia que relembra os atos golpistas em 2023, Lula evitou o termo “militares legalistas”, que havia causado ruído na caserna no ano passado, e fez agradecimento nominal ao ministro da Defesa e aos comandantes das Forças Armadas.

“Eu quero agradecer ao Múcio que trouxe os três comandantes das Forças Armadas para mostrar a esse país que é possível a gente construir as Forças Armadas com a proposta de defender a soberania nacional”, disse.

O presidente também brincou com o apelido Xandão de Moraes e disse que nenhum outro ministro do STF havia tido um apelido “do povo” como o dele. “Desse apelido você nunca mais vai se libertar, pode ficar certo. Não adianta ficar nervoso que ninguém nunca vai parar de te chamar de Xandão”, disse Lula.

A cerimônia no Planalto teve a presença de petistas, ministros do STF e comandantes das Forças Armadas.

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Como a Folha de S.Paulo mostrou, havia expectativa de esvaziamento político, com maior presença de parlamentares de esquerda, o que se confirmou. Estiveram presentes os deputados Zeca Dirceu (PT-PR) e Lindbergh Faria (PT-RJ) e os senadores Jaques Wagner (PT-BA) e Eliziane Gama (PSD-MA), entre outros.

A cúpula do Congresso, no entanto, esteve ausente. Faltaram os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), bem como os possíveis sucessores nos cargos, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP).

Após o evento, Lula participou de ato de partidos de esquerda e movimentos sociais na praça dos Três Poderes, um abraço simbólico ao local. Ele desceu a rampa com demais autoridades.
A cerimônia com autoridades foi a última de três eventos no Palácio do Planalto para a data. Antes, ele apresentou no Palácio do Planalto peças depredadas na ocasião que foram restauradas.

As primeiras obras apresentadas foram o relógio trazido ao Brasil por dom João 6º em 1808 e uma ânfora (vaso). O relógio foi restaurado na Suíça, sem custos para o governo brasileiro, e chegou ao Planalto na véspera. De acordo com o governo, ele era do relojeiro de Luís 15, e existe apenas mais um outro deste, exposto em Versailles, na França.

Em um segundo evento, houve a apresentação da obra “As Mulatas” de Di Cavalcanti. O quadro foi rasgado em sete lugares e, segundo o Planalto, seu valor estimado era de cerca de R$ 8 milhões.

De acordo com o Planalto, foram restauradas 21 peças por especialistas no Palácio da Alvorada, onde foi criado uma espécie de laboratório para especialistas trabalharem nas obras.

Reportagem distribuída pela Folhapress

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