Política

Quase metade dos vereadores de BH concorrem às eleições de 2022

De 41 vereadores, 20 tentarão subir de cargo político em outubro, sendo 9 para deputado estadual, 9 para deputado federal, 1 para senador e 1 para suplente
Quase metade dos vereadores de BH concorrem às eleições de 2022
A vereadora e atual presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), Nely Aquino (PODE), tentará se eleger como deputada federal | Crédito: Mila Milowsk/CMBH

As eleições de 2022 abrem a possibilidade de vereadores em mandato tentarem o salto de cargo para Câmara dos Deputados Federais, Senado ou Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Conforme apurou o DIÁRIO DO COMÉRCIO, dos 41 vereadores de Belo Horizonte 49% vão tentar subir de esfera política no pleito de outubro deste ano.

Desses 20 candidatos, 9 disputarão vagas para deputado estadual, 9 buscarão vagas para deputado federal, 1 tentará realocação para senador e 1 será suplente desse último postulante. Abaixo, segue a lista com os nomes que possuem candidatura registrada no Tribunal Superior Eleitoral.

VereadorVai disputar em outubro
Álvaro Damião (UNIÃO)Deputado Federal
Bella Gonçalves (PSOL)Deputado Estadual
Bim da Ambulância (AVANTE)Deputado Estadual
Bruno Miranda (PDT)Senador
Ciro Pereira (PTB)Deputado Estadual
Cleiton Xavier (PMN)Deputado Federal
Dr. Célio Frois (PSC)Deputado Estadual
Duda Salabert (PDT)Deputado Federal
Henrique Braga (PSDB)1º suplente de Bruno Miranda no Senado
Irlan Melo (PATRI)Deputado Federal
Iza Lourença (PSOL)Deputado Federal
Juninho Los Hermanos (AVANTE)Deputado Federal
Macaé Evaristo (PT) Deputado Estadual
Marcos Crispim (PP)Deputado Estadual
Nely Aquino (PODE)Deputado Federal
Nikolas Ferreira (PL)Deputado Federal
Rubão (PP)Deputado Estadual
Walter Tosta (PL)Deputado Federal
Wesley Auto Escola (PP) Deputado Estadual
Wilsinho da Tabu (PP)Deputado Estadual

A professora Duda Salabert (PDT), vereadora eleita em 2020 com mais votos (37.613), e Nikolas Ferreira (PL), segundo mais bem votado (29.388), serão candidatos a deputados federais. A vereadora e atual presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), Nely Aquino (PODE), também buscará uma vaga no Congresso Nacional.

Dos vereadores da CMBH, apenas Bruno Miranda (PDT) se candidatou à disputa pelo Senado Federal. Entre os candidatos a uma vaga de deputado estadual na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), estão Bella Gonçalves (PSOL) e Bim da Ambulância (AVANTE), que ficaram respectivamente em 14º e 20º, entre os vereadores mais votados de 2020. 

Vale ressaltar que não é a primeira vez que alguns vereadores tentam se candidatar a outros cargos políticos durante o mandato na CMBH. Em 2018, por exemplo, Álvaro Damião (UNIÃO) se candidatou a deputado federal e Nely Aquino (PODE) a deputada estadual, ambos no exercício de vereadores à época. 

Segundo a assessoria da CMBH, “os titulares de cargos legislativos podem se candidatar a outros cargos, sem a necessidade de desincompatibilização”. O termo “desincompatibilização” se refere ao ato pelo qual o candidato é obrigado a se afastar de certas funções, cargos ou empregos, na administração pública, direta ou indireta, para poder estar apto a disputar as eleições.

Dessa forma, os vereadores podem permanecer no exercício dos mandatos e concorrerem a qualquer um dos cargos em disputa nas eleições deste ano, “não existindo, ao Legislativo Municipal, qualquer tipo de impacto orçamentário”, conforme a CMBH.

Em relação aos ganhos salariais, o subsídio pago aos vereadores atualmente é de R$ 18.402,02. Assim, caso algum deles seja eleito deputado estadual seu salário passará para R$ 25.322,25, aumento de 37,60%. Caso conquiste uma cadeira federal, seja como deputado ou senador, seu salário será quase o dobro, passando para R$ 33.763,00, acréscimo de 83,47%.

vereadores
Arte: Ana Carolina Dias/Diário do Comércio

Apesar de não estabelecer vacância, o período eleitoral pode ocasionar em diminuição do exercício dos candidatos. O termo “vacância” se refere a deixar vago o quadro de pessoal do serviço público, permitindo o preenchimento do cargo por motivos como: exoneração, demissão, promoção, aposentadoria, falecimento, readaptação ou posse em outro cargo inacumulável.

“Em linhas gerais, percebe-se uma redução das atividades parlamentares, tais como apresentação de projetos de lei, comissões parlamentares de inquérito, comissões especiais; devido ao fato de que os agentes políticos passarão a se dedicar à campanha política”, afirmou Maria Tereza Fonseca Dias, professora da Faculdade de Direito Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Na terça-feira (16), os candidatos à Presidência da República, governos dos estados e aos cargos de senador, deputado federal, estadual e distrital foram autorizados a iniciar suas propagandas eleitorais, inclusive na internet. A campanha vai até dia 1º de outubro, um dia antes do primeiro turno.

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