Rodrigo Pacheco afirma que congelamento de preços não é o caminho para conter inflação

Brasília – O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente da República em exercício na última sexta-feira (10), afirmou que não acredita na efetividade do congelamento de preços para conter a inflação e acrescentou que “não é esse o caminho”.
A fala acontece um dia após o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro da Economia Paulo Guedes pedirem para empresários do setor de supermercados segurarem os preços dos itens que compõem a cesta básica.
Rodrigo Pacheco assumiu a presidência da República com a viagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) para particular da Cúpula das Américas, nos Estados Unidos. Os nomes seguintes na linha de sucessão, o vice Hamilton Mourão e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também estão fora do País.
O senador mineiro buscou amenizar as declarações de Bolsonaro e Guedes. “Temos uma sociedade de livre mercado. E acho que o que o ministro Paulo Guedes reivindicou e suplicou foi realmente a responsabilidade social de todos os brasileiros, na sua atividade produtiva. Ninguém obviamente pretende sacrificar o lucro, nem acredito em congelamento de preços, não é esse o caminho”, afirmou.
As empresas, porém, deveriam “fixar preços que sejam justos” e não buscar “lucros abusivos”. “(o Brasil tem) um problema de dois dígitos: de juros a dois dígitos, inflação a dois dígitos e, em alguns lugares, gasolina a dois dígitos”, completou.
Bolsonaro e Guedes haviam apelado a empresários para segurar o preço dos alimentos. O governo está sendo pressionado pela inflação alta, a menos de quatro meses das eleições presidenciais, na qual o chefe do Executivo busca a reeleição.
“O apelo que eu faço para os senhores, para toda a cadeia produtiva, é para que os produtos da cesta básica obtenham o menor lucro possível, para a gente poder dar satisfação a parte considerável da população, em especial os mais humildes”, afirmou Bolsonaro.
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