Romeu Zema discute ações sustentáveis na COP 26

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, participou, ontem, do painel sobre Cidades, Regiões e Espaços Organizados, na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP-26), em Glasgow, na Escócia. Na oportunidade, o chefe do Executivo representou o Brasil no principal debate do dia na conferência, cujo objetivo foi discutir e avançar em ações sustentáveis adotadas por cidades, comunidades e regiões.
O governador destacou o empenho do governo estadual e da indústria para cumprir as metas da Race to Zero (Corrida para o Zero) – campanha global para reunir lideranças com objetivo de zerar emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050. Minas foi o primeiro estado da América Latina e do Caribe a aderir à iniciativa.
“Minas Gerais está na área central do Brasil, tem 21 milhões de habitantes e tamanho equivalente ao da França. Somos um estado com atividades muito dinâmicas, como a mineração, setor em que lideramos as exportações nacionais. Além disso, também temos uma área agrícola muito forte. Se fossemos um país, seríamos, atualmente, o maior produtor de café do mundo. Temos uma grande preocupação de que os produtos que exportamos tenham um selo verde, que sejam produzidos com sustentabilidade”, afirmou Zema, destacando as exportações de café, minério e aço.
O governador enfatizou a busca por sustentabilidade nas ações do Estado e destacou o desenvolvimento de projetos relacionados à energia fotovoltaica e à recuperação ambiental. Uma das propostas, apresentada na COP 26 pela secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo, é a meta de reflorestar 3,7 milhões de hectares em áreas rurais mineiras até 2030.
“Boa parte da nossa produção, hoje, já é feita de maneira quase verde. Somos o estado que mais refloresta no Brasil. Uma importante parcela do aço que produzimos usa carvão vegetal, que é uma fonte renovável. Boa parte da eletricidade que consumimos é produzida via hidrelétricas, somos um estado com muitos reservatórios e também estamos fomentando a energia solar, fonte em que somos o principal produtor brasileiro”, explicou Zema.
Soluções – O painel Cidades, Regiões e Espaços Organizados contou com a mediação da CEO do World Green Building Council, Cristina Gamboa, e também com a participação do prefeito de Istambul (Turquia), Ekrem İmamoğlu.
Cristina Gamboa reforçou a importância do debate para o futuro da população mundial, que está relacionado à expansão dos grandes centros urbanos. “A construção civil é um setor estratégico para que, simultaneamente, possamos abordar os diversos desafios globais que enfrentamos, assim como as mudanças climáticas. Buscamos apontar, neste evento, lideranças locais e regionais como política vital para promover ações climáticas, reduzir gastos e desperdícios nas construções e, claro, fomentar a criação de empregos sustentáveis”, disse.
Metas para o futuro – A trajetória da Corrida para o Zero estabelece novas metas, com entregas previstas até agosto de 2022. Entre elas estão as atualizações do plano de mudanças climáticas de Minas Gerais e do Inventário de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (GEE), que aponta as atividades mais poluidoras no estado.
“Temos uma visão de longo prazo, queremos ser um estado sustentável, que preserve as suas riquezas, e também um estado competitivo. O mundo está caminhando para que todos os produtos vendidos tenham, necessariamente, um selo verde”, observou Romeu Zema.
A Universidade de Strathclyde, na Escócia, propôs a realização de projetos com dois municípios mineiros que têm sofrido as consequências das mudanças no clima, Uberaba e Patos de Minas.
Investimentos – Durante a COP 26, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) foi o primeiro banco brasileiro a integrar a Green Bank Network, rede internacional de bancos disposta a financiar projetos sustentáveis, criada na COP 21.
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