Política

Sindicalistas reclamam que não foram convidados para posse de Mercadante no BNDES

O evento deixou a sensação, para quem não estava lá, de que o banco se esqueceu de contemplar os representantes de trabalhadores
Sindicalistas reclamam que não foram convidados para posse de Mercadante no BNDES
Mercadante acrescentou que os fornecedores da Americanas são vítimas da crise enfrentada pela varejista | Crédito: Tomaz Silva/ Agência Brasil

São Paulo – A posse de Aloizio Mercadante na presidência do BNDES incomodou sindicalistas que não foram convidados.

O evento deixou a sensação, para quem não estava lá, de que o banco se esqueceu de contemplar os representantes de trabalhadores, que fazem parte da composição do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat).

“O FAT é uma das fontes de financiamento do BNDES e nós somos membros do conselho deliberativo, assim como o governo e os empregadores. Foi chato deixar uma parte de fora”, diz João Carlos Gonçalves, o Juruna, da Força Sindical.

Segundo Miguel Torres, presidente da Força, a central costuma ser convidada para todas as cerimônias de posse no banco.

Ricardo Patah, presidente da UGT, também se queixou. “A UGT já presidiu o Codefat em três oportunidades, sempre com a visão de que o BNDES utilizaria o recurso para financiar empresas que gerassem empregos. Ficou muito deselegante o desprestígio do movimento sindical”, afirma Patah.

Antonio Neto, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), diz que algumas lideranças sindicais ficaram bastante chateadas.

Segundo o BNDES, a orientação da diretoria foi convidar representantes do movimento sindical e alguns estiveram presentes, como CUT, Federação Única dos Petroleiros (FUP), Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag) e Metalúrgicos do ABC.

Esse não foi o primeiro ruído com centrais sindicais na gestão Lula. Na formação dos ministérios, em dezembro, a Força Sindical, segunda maior central do país, ficou decepcionada com a falta de prestígio na seleção das equipes. (Por Joana Cunha – Folhapress)

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