Política

Tebet afirma que cortes no Orçamento são poucos

Ministra comentou situação em rápida entrevista após o seminário “Diálogos para a Construção da Estratégia 2050”
Tebet afirma que cortes no Orçamento são poucos
Crédito: REUTERS/Adriano Machado

São Paulo – A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse nesta segunda-feira (31) que são poucos os vetos que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, fará ao Orçamento de 2025. De acordo com ela, os vetos técnicos são muitos, mas que não geram impactos políticos.

Simone Tebet deu essa declaração em rápida entrevista que concedeu a jornalistas na saída do seminário “Diálogos para a Construção da Estratégia 2050”, realizado pela Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista. “Sobre o Orçamento, são poucos vetos. Tem muito veto técnico, que não dá impacto político, é natural”, disse.

Perguntada sobre como sua pasta pretende colocar o programa “Pé-de-Meia” no Orçamento, a ministra disse que o governo está cumprindo exatamente o que determinou o Tribunal de Contas da União (TCU), que permitiu que o programa fique seis meses fora do Orçamento, mas que no segundo semestre seja colocado para dentro da peça orçamentária.

“Em relação ao Pé-de-Meia, nós estamos cumprindo exatamente o que determinou o Tribunal de Contas da União. Eles nos deram praticamente seis meses fora do Orçamento, e no segundo semestre, todo o restante do valor vai entrar, nem que a gente tenha que bloquear, tirar dinheiro de um local para colocar recurso para o Pé-de-Meia”, disse a Simone Tebet ao afirmar que o Pé-de-Meia não vai parar. “O Orçamento é uma peça que veio para ficar, ela não é peça de ficção e todas as despesas estarão dentro do Orçamento e nós vamos cumprir a meta zero.”

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Inflação

Simone Tebet, disse que os preços dos alimentos estão altos não apenas e por motivos climáticos, mas também por falta de planejamento no passado, o que inclui o desequilíbrio fiscal que leva à depreciação do câmbio.

“É claro que tem fatores climáticos, é claro que tem certas situações – juntou tudo, é café, é ovo, é carne. O café deu um problema no Vietnã, e na nossa safra também. Mas é também porque nós não planejamos no passado”, declarou Simone Tebet.

Excetuando a Embrapa – um “caso de sucesso”, conforme a ministra -, ela questionou o que foi feito, “porteira para fora”, no sentido de reduzir desperdícios de alimentos tanto em supermercados quanto em residências ou para aumentar a produtividade e recuperar pastagens à produção no campo.

Numa crítica ao governo anterior, Simone Tebet também questionou o que foi feito para combater o desmatamento na Amazônia, que causa secas em polos do agronegócio no Centro-Oeste. “O que nós fizemos para, nesses últimos 25 ou 30 anos, nos prevenir em relação às mudanças climáticas?”, acrescentou a ministra.

Ela não ignorou o impacto no câmbio nos preços provocado pelas incertezas em relação às contas públicas ao questionar o que foi feito no câmbio fiscal para evitar um câmbio tão alto. “Então, isso tem a ver com aquilo que nós deixamos de fazer. Deixamos é passado, agora é hora de fazer”, assinalou.

Reportagem distribuída pela Estadão Conteúdo

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