Política

Trump ataca o Irã e pede reformas no comércio

Nova York – O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, criticou o Irã ontem, descrevendo o país como uma “ditadura corrupta” que está roubando da população para pagar por agressões no exterior, usando seu discurso na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para enviar uma mensagem dura a Teerã.

“Os líderes do Irã semeiam o caos, a morte e a destruição”, disse Trump, durante o encontro anual. “Eles não respeitam os vizinhos, fronteiras ou os direitos de soberania das nações”.

Trump fez uma comparação entre o relacionamento dos EUA e Irã com o que descreveu como laços melhores com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, a quem elogiou por interromper testes nucleares e de mísseis e por devolver restos mortais de militares norte-americanos da Guerra da Coreia.

Demandas americanas – O presidente norte-americano usou seu discurso para pedir reformas no comércio internacional e insistiu que seu principal objetivo como presidente é proteger a soberania norte-americana. Ele pediu que a Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) pare de aumentar os preços do petróleo e criticou as práticas comerciais da China.

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Trump provocou alguns murmúrios da plateia de líderes mundiais e diplomatas presentes quando declarou que tinha realizado mais como presidente do que quase qualquer outra administração na história. “Eu não esperava essa reação, mas tudo bem”, afirmou ele.

Mas a principal mensagem de Trump foi destinada ao Irã e tenta criar uma tensão entre Teerã e seu povo, dias depois de um ataque no sudoeste iraniano, durante um desfile militar, que matou 25 pessoas e desestabilizou o país.

Em declarações a repórteres antes de seu discurso, Trump disse que não irá se encontrar com os iranianos até que “mudem de tom”.

Trump e o líder iraniano, Hassan Rouhani, estavam participando do evento anual da ONU. “O Irã agiu muito mal”, destacou Trump. “Estamos ansiosos para ter um ótimo relacionamento com o Irã, mas isso não vai acontecer agora”.

Inimigos por décadas, Washington e Teerã entraram cada vez mais em desacordo desde maio, quando a administração Trump retirou os EUA do acordo nuclear internacional de 2015 com o Irã e potências mundiais e anunciou sanções contra o país.

O acordo, negociado pelo ex-presidente norte-americano Barack Obama, retirou a maioria das sanções contra Teerã em troca do Irã restringir seu programa nuclear. (Reuters)

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