Zema promete mais entregas no restante do mandato

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse que fará mais entregas nos próximos dois anos e sete meses, período que resta para encerrar seu segundo mandato, do que nos cinco anos e cinco meses em que está a frente do Estado. O líder do Executivo estadual ressaltou a entrega de hospitais regionais, o início das obras de concessões já realizadas e a atração de investimentos privados para alavancar resultados.
“Até agora nós muito mais aramos, adubamos e irrigamos, do que colhemos”, ponderou o governador em café da manhã com jornalistas nesta quarta-feira (8), reiterando que as maiores intervenções – construção da linha 2 do metrô de Belo Horizonte e do Rodoanel Metropolitano – ainda não começaram e quem fará as entregas serão os próximos governadores.
Até o fim do segundo mandato, Zema também pretende fazer novas concessões, além de possíveis privatizações, embora ressalte: “meu sonho não é nem privatizar, mas, sim, fazer com que o Estado não interfira nas empresas, porque essa interferência é danosa. A Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), por exemplo, não consegue entregar energia para todos, porque, no passado, a companhia foi investir no Brasil todo, menos em Minas Gerais. Hoje, 100% desses aportes estão aqui”.
Ele ainda quer ser o governador mineiro que mais criou vagas formais de trabalho, rompendo a barreira de um milhão de empregos gerados desde 2019. Até o momento, segundo Zema, esse número já soma 800 mil. “Essa será a maior comemoração da minha gestão, porque isso faz diferença no País e mais ainda no Estado. É o que muda a vida das pessoas. Precisa ter saúde, segurança, educação e emprego. Ter só uma delas não adianta”, declarou.
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Atração de investimentos na cadeia do lítio em missão nos Estados Unidos
No próximo sábado (11), o chefe do Executivo estadual embarcará para os Estados Unidos, visando trazer novos investimentos. Em Nova York, o governador terá uma intensa agenda, entre segunda-feira (13) e quinta-feira (16), com investidores de diversos países do mundo inteiro.
Apesar da viagem não ser focada em atrair aportes para apenas um setor ou região, Zema disse que a ideia é agregar valor à cadeia do lítio para que o mineral saia ainda mais beneficiado do Vale do Jequitinhonha. A reportagem apurou com o próprio governo que pelo menos um grande investimento para a área de beneficiamento do “petróleo branco” será anunciado durante a missão oficial.
Em fase final de tratativas com outra empresa, mais um investimento poderá ser divulgado no decorrer da visita, entretanto, sem relação com o lítio, de acordo com a assessoria do Estado.
No país norte-americano, Zema também participará de um evento na Nasdaq, maior bolsa de valores do mundo em negócios de tecnologia e inovação, onde será apresentado um balanço de um ano do projeto econômico-social Vale do Lítio – que já atraiu cerca de R$ 6 bilhões em investimentos. No mesmo encontro, haverá um momento de prospecção entre os investidores.
O executivo estadual também está fechando uma agenda com representantes do governo dos Estados Unidos para tratar sobre infraestrutura e concessões. As oportunidades de investimentos nas respectivas áreas em Minas Gerais serão apresentadas para empresários dos setores.
Pacheco fará mudanças no projeto das dívidas dos estados assim que chegar no Congresso, diz Zema

Romeu Zema também falou com os jornalistas sobre a dívida mineira com a União. Segundo ele, o projeto de lei complementar, que trata sobre a renegociação dos débitos dos estados, incluindo Minas Gerais, e será enviado pelo Ministério da Fazenda ao Congresso Nacional, será ajustado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), assim que chegar no Poder Legislativo.
Conforme o governador, Pacheco já disse que fará alterações que possibilitem a viabilidade do pagamento e deixou claro que o texto proposto pela Fazenda será uma espécie de anteprojeto, ou seja, será, de fato, estruturado somente quando chegar na Câmara dos Deputados e no Senado.
Por fim, o líder do Executivo estadual reiterou que tem cobrado celeridade do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e do secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, para que o projeto tramite o mais rápido possível, visto que o prazo para Minas Gerais pagar sua dívida com a União se encerrará em breve. Zema afirmou que havia solicitado, inclusive, uma prorrogação do prazo por seis meses, justamente porque há uma demora comumente na análise desse tipo de proposta.
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