Pelo segundo ano consecutivo, BH Airport é o aeroporto mais sustentável do País

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) conferiu, pelo segundo ano consecutivo, o título de aeroporto de grande porte mais sustentável do Brasil ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (BH Airport). O reconhecimento ocorre por meio do programa nacional Aeroportos Sustentáveis, que monitora e avalia as iniciativas sustentáveis dos terminais aéreos do País.
No panorama geral, o também chamado Aeroporto de Confins, localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), recebeu a nota de 98,84%, sendo a maior pontuação.
“Aqui no BH Airport a gente acredita que a gestão ambiental não é só importante para o aeroporto, mas para o planeta. Por isso, desenvolvemos várias iniciativas que estamos trabalhando ao longo dos últimos anos e que contribuem para um futuro mais econômico-social e sustentável. A nossa ambição é oferecer a melhor e a mais eficiente operação aeroportuária”, afirma o CEO do BH Airport, Daniel Miranda.
Segundo o executivo, o terminal conta com um Mapa Estratégico de ESG, elaborado para aperfeiçoar frentes que otimizem os números operacionais do equipamento. Recentemente, a iniciativa tornou o aeroporto o primeiro neutro em carbono do Brasil.
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Confira, a seguir, alguns resultados de impacto ambiental obtidos pelo modal aéreo, divididos em projetos estruturantes.
- A otimização do uso de energia elétrica no pátio de aeronaves totalizou a redução de 147.000 kWh ao ano, compreendendo, consequentemente, uma redução de 3 toneladas de CO2 ao ano.
- A substituição de 100% das luminárias, o que permitiu a redução de 6 toneladas de CO2 ao mês.
- A adequação do layout do Terminal de Cargas (Teca), contribuindo com a redução de 4,5 toneladas de CO2 ao mês.
- A redução do custo operacional da frota de veículos, chegando a evitar a emissão de 4,3 toneladas de CO2 na atmosfera.

No campo das ações ambientais, o modal possui também uma avifauna ampliada em 2019 para abrigar, temporariamente, animais que são capturados nas pistas de pouso e decolagens ou nas imediações do pátio, a fim de evitar possíveis mortes ou acidentes. Na imagem acima, um falcão usa GPS para voos monitorados via drone, podendo chegar a 1 mil metros de altitude.
“É importante ressaltar o compromisso econômico e sustentável do aeroporto e da região. Esse reconhecimento obtido pela Anac ajuda a reforçar esse compromisso e garantir que estamos no caminho certo. Estamos a cada dia aprimorando iniciativas e buscando alternativas para investir em inovações e até chegar entre 2044 e 2050 ao NetZero nas emissões líquidas de carbono zero”, acrescenta o CEO do aeroporto.
Geradores fixos no aeroporto garantiram 65% de eficiência financeira para empresas aéreas

Outra iniciativa adotada pelo BH Airport e implementada no ano passado é a substituição de geradores a diesel móveis por unidades fixas em toda a extensão do pátio das aeronaves. Incialmente, o investimento foi de aproximadamente R$ 36 milhões na implementação do projeto 400Hz (energia elétrica) + PCA (ar-condicionado para aeronaves).
Segundo o gestor de Negócios Aeroportuários e de Carga do BH Airport, Geovane Medina, o objetivo foi instalar equipamentos nas pontes de embarque para fornecer energia elétrica de fontes renováveis e ar condicionado às aeronaves durante as operações em solo. Ele lembra que, até 2022, o modal usava querosene de aviação. Atualmente, companhias aéreas como Azul, Latam e Gol adotaram essa solução, disponível em 16 posições (geradores).
“Uma fase das instalações entrou em janeiro de 2023 com 12 posições. Já a segunda fase com oito posições passou a operar neste ano no pátio 1. Isso resultou numa economia financeira de 65% para a companhia aérea”, afirma Medina.
“Antes, com os geradores móveis, eles ficavam o dia inteiro movimentando, o que totalizava em 600 operações ao dia. Já com os geradores fixos, conseguimos reduzir a 150 operações”, completa.

Com essa medida adotada, Medina afirma que o aeroporto tenha a estimativa de reduzir até 70% no consumo de óleo diesel. Essa queda contribui para a redução total de 5.000 toneladas de CO2, que passaram a ser monitorados em 2017.
“Com essas 16 posições, a solução elétrica implementada representa 94% das operações em pontes de embarque e 203 mil litros de diesel que deixam de ser queimados anualmente”, calcula.
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