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Mineiro de 21 anos que criou plataforma de IA para viralizar vídeos fatura R$ 700 mil por mês

Natural de Juiz de Fora, na Zona da Mata, Diogo Guilhon criou a plataforma Spreed.Ai para viralizar vídeos e dar visibilidade a marcas e pessoas
Mineiro de 21 anos que criou plataforma de IA para viralizar vídeos fatura R$ 700 mil por mês
Diogo Guilhon | Arquivo pessoal

A plataforma Spreed.Ai, criação do jovem empresário Diogo Guilhon, de 21 anos, natural de Juiz de Fora, na Zona da Mata, ampliou recentemente sua atuação para os mercados dos Estados Unidos e Dubai, onde conquistou alguns de seus 80 usuários ativos globalmente. A ferramenta possibilita viralizar vídeos nas redes sociais com a ajuda da Inteligência Artificial (IA) sem a necessidade de investimentos em anúncios pagos.

Com isso, os usuários que aderirem à plataforma têm a chance de se tornar referência em seus nichos de atuação com “cortes” de seus vídeos selecionados por IA, com potencial de alcançarem milhares ou até milhões de visualizações.

Com Guilhon agora estabelecido em São Paulo, a Spreed.Ai visa ampliar ainda mais os horizontes com sua metodologia de análise de dados, métricas de conteúdo, algoritmos e tendências, além de entregar aos usuários recortes editados e legendados com elevado potencial viral.

Com ativos que ultrapassam os R$ 120 milhões e um faturamento mensal que chega aos R$ 700 mil, a plataforma demonstrou uma atuação em tráfego orgânico cada vez mais evidente no mercado.

“A nossa Inteligência Artificial é capaz de produzir um roteiro viral, realizar cortes específicos em determinado vídeo e legendas que possuem um potencial de grande visualização. Além disso, temos uma consultoria de imagem para nossos clientes. Ela auxilia na maneira correta de comunicar a mensagem desejada”, explica o empresário mineiro.

Para ter um vídeo viralizado pela plataforma, existem alguns critérios principais, como ter mais de 30 minutos de duração e formato de entrevista ou podcast. Com o conteúdo coletado, a ferramenta consegue analisar os melhores momentos. De acordo com a base de dados, o sistema fará cortes para tornar um vídeo bem visto.

“Não infringimos regulamentos de privacidade de nenhum país, não temos acesso a conta de nenhum cliente da Spreed, somos apenas uma ferramenta que potencializa o trabalho de um editor de vídeo humano. A plataforma entende os melhores aspetos, frases e momentos de um vídeo, e entrega um recorte viral. Toda a execução de trabalho da IA está voltando em análises e ciência de dados. A plataforma recebe o vídeo cru, analisa e entrega o recorte pronto, editado e com a legenda correta”, explica Guilhon.

Vídeos fizeram perfil conquistar milhares de seguidores

Em entrevista ao DIÁRIO DO COMÉRCIO, Diogo Guilhon contou a história de sucesso de um de seus clientes que conseguiu obter grande impacto com plataforma. Trata-se do consultor empresarial Evandro Rodrigues.

Para Guilhon, a história de Rodrigues é um case de sucesso. “Ele tinha apenas 750 seguidores totais no início, antes da Spreed.Ai. Em seis meses de trabalho, o perfil foi para 235 mil seguidores, com vários vídeos chegando a 1 milhão de visualizações ou mais. Com essa viralização, ele se tornou um especialista em seu nicho para o Brasil inteiro, e foi convidado para palestras e congressos importantes após tal reconhecimento”, lembra o empresário.

Saturação de anúncios e propagandas

O cenário atual de marketing digital no Brasil evidencia uma saturação de anúncios e propagandas, tornando cada vez mais desafiador para as marcas e criadores de conteúdo destacarem-se sem um investimento significativo em tráfego pago. De acordo com um estudo da Kantar Ibope Media e IAB Brasil, o investimento em publicidade digital no Brasil atingiu a marca de R$ 14,7 bilhões na primeira metade do ano passado, superando os investimentos de anos anteriores.

Diante desse panorama, a importância do tráfego orgânico torna-se cada vez mais evidente. “É a velha história de ser só mais um curso. As pessoas que te conhecem organicamente tendem a acreditar muito mais no seu trabalho, serviço ou produto, do que pessoas que te conhecem através de um anúncio. Como se massificou, hoje em dia, todo anúncio gera determinada suspeita e falta de confiança das pessoas”, explica Guilhon.

Segundo ele, o principal desafio é elevar o nível de consciência dos usuários “para que elas entendam o principal valor de ter uma ferramenta que viraliza seu negócio e o quão bom é isso para as vendas e para o reconhecimento de marca”, conclui.

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