Turismo

Belo Horizonte é o 3º destino mais procurado no turismo corporativo

O baixo custo de hospedagem, a proximidade com outros polos empresariais e a qualidade da malha aérea estão entre os principais pontos positivos da Capital

8 de abril de 2024 • 20:32

Leonardo Leão

Repórter

Belo Horizonte é o 3º destino mais procurado no turismo corporativo do Brasil. É o que aponta um levantamento realizado pela agência digital de viagens corporativas Voll. A qualidade da malha aérea e o baixo custo de hospedagem estão entre os principais fatores que podem ter contribuído para o bom desempenho da capital mineira no ranking.

A cidade só fica atrás de São Paulo e do Rio de Janeiro. Para o co-fundador da Voll, Luiz Moura, a presença de três capitais da região sudeste do Brasil no topo da lista não é uma grande surpresa, já que a região concentra a maior atividade comercial do País.

Ele também destaca a vocação de Belo Horizonte para o turismo corporativo, uma vez que a Capital é considerada um destino prioritário para o turismo executivo nacional, diferente de outras capitais. “Nós temos um comportamento de viagem para a cidade de Belo Horizonte muito voltado para os negócios. A cidade é um polo empresarial relevante para o País hoje”, explica.

Moura ainda aponta para a proximidade geográfica da cidade com outros polos empresariais, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília; além da avançada capilaridade aérea observada no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (BH Airport), em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). “São centenas de destinos com operações diárias e com malha aérea suficiente para facilitar esse vai e vem de turistas executivos”, relata.

Outro ponto destacado pelo co-fundador da Voll é o potencial turístico da capital mineira no segmento de negócios. Dentre os fatores que contribuem para o bom desempenho está a oferta de hospedagens no padrão executivo e os hotéis verticais próximos a centros urbanos com boa acessibilidade por transporte terrestre.

Ainda sobre os hotéis de Belo Horizonte, Moura destaca o baixo custo da hospedagem se comparado com outras capitais. Segundo ele, a diária média na Capital era de R$ 305 em 2023, enquanto o custo médio em São Paulo era de R$ 451 e no Rio de Janeiro o valor gasto era de R$ 395 por dia. Na opinião do executivo, o baixo custo tende a beneficiar, principalmente, as grandes empresas.

Considerando todos esses pontos, Moura avalia que Belo Horizonte ainda possui espaço para crescer e se desenvolver no mercado. Ele cita também as recentes aberturas de novas rotas internacionais diretas para a Capital em 2023. “Temos uma ampliação da malha aérea para a Europa e a América Central e para cidades nos Estados Unidos. Também tivemos o primeiro voo conectando Minas Gerais à Colômbia”, destaca.

Para ele, todas essas aberturas de mercados aéreos sinalizam um potencial de crescimento não apenas da cidade, mas também do próprio Estado como um destino turístico de negócios cada vez mais fértil. “Ainda há espaço para crescer”, garante.

Quanto aos pontos em que a cidade precisa melhorar ou está em desenvolvimento, Moura destaca a oferta restrita de leitos de hospedagem. Segundo ele, existem momentos, como em congressos ou festivais, em que há dificuldade para encontrar vagas nos hotéis da Capital.

Outra questão que tem prejudicado a experiência do viajante corporativo, na visão do co-fundador da Voll, é a distância do aeroporto à região central de Belo Horizonte. “Quando temos que ir de São Paulo para Belo Horizonte, muitas vezes, gastamos mais tempo no deslocamento terrestre de Confins até a Savassi, do que durante o voo”, relata. Ele pondera, porém, que apesar de ser um grande desafio, esse não é um fator capaz de inibir o turismo na cidade.