Fechada desde 1988, Estação Ferroviária de Caeté é reaberta após restauração

Depois de um ano e quatro meses de restauração, a Estação Ferroviária de Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi reinaugurada nessa terça-feira (1º). A plataforma, que na primeira década do século XX embarcava mercadorias e passageiros pelos trilhos de Minas Gerais, estava fechada desde 1988. Criada em 1909, a estação completa 115 anos em 2024.
O investimento total na obra foi de cerca de R$ 1,2 milhão, com patrocínio na ordem de R$ 942 mil por parte da produtora de ouro AngloGold Ashanti. Em complemento ao montante, a outra parte, cerca de R$ 320 mil, foi aplicada pela Prefeitura de Caeté, que assumirá a gestão do espaço.
A reabertura da estação marca sua transformação em um equipamento cultural centenário para a cidade.
Durante a cerimônia de abertura, foi inaugurada também a Escola de Música Maestro Miguel Teodoro Fonseca, que homenageia o seu patrono. Ele residiu na cidade e era compositor do período barroco. A instituição de ensino, inicialmente, atenderá 120 alunos, organizados em três turnos.
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Estação deve abrigar sede da Secretaria de Cultura, Turismo e Patrimônio local
No mezanino da estação, será disponibilizado um arquivo público, contendo documentos centenários de Caeté. Há planos para que a Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Patrimônio se instale no local. Além disso, está prevista a realização de atividades culturais, como saraus, shows e apresentações, no espaço.
“Esta é uma entrega importante para o município. Trata-se de um prédio de 1909 com enorme valor histórico e cultural. Com a revitalização, estamos entregando um equipamento com potencial artístico e de promoção da cultura e turismo locais”, considera o presidente da Fundação Casa de Cultura de Caeté, Darlan Corradi.


Lei de Incentivo à Cultura
A obra de restauração da estação ferroviária é resultado do primeiro projeto aprovado pela Prefeitura de Caeté na Lei de Incentivo à Cultura. A aprovação foi seguida do suporte da AngloGold Ashanti, que possibilitou o financiamento necessário à execução das obras.
A gerente de Relacionamento com Comunidades e Desenvolvimento Social da AngloGold, Carla Lemos, fala sobre a participação da empresa no projeto.
“Contribuir para a reabertura desse equipamento público reforça aquilo que acreditamos, que é a possibilidade de deixar um legado para as comunidades onde operamos por meio da cultura, geração de renda e trabalho”, diz.
Segundo ela, as intervenções colaboram com a manutenção e valorização da cultura regional e a preservação de memórias que moldaram a história do imóvel por mais de um século.
“Esperamos que essa restauração possa render bons frutos para todos os caeteenses, valorizando a cultura da cidade e resgatando as memórias de infância de gerações”, conclui Carla Lemos.
A restauração da Estação Ferroviária de Caeté resultou em uma transformação minuciosa do espaço, que compreende:
- o tratamento de espaços em avançado estado de deterioração,
- a reforma de todos os ambientes,
- e a reforma dos jardins.
A recuperação teve início pelo telhado e forro, que foram totalmente restaurados, incluindo intervenções nos sistemas elétrico e hidráulico. Também houve a construção de novas estruturas, tratamento de pisos, pintura de esquadrias, alvenarias, forros e muros, instalação de todo o sistema de combate a incêndio, e adequações às normas de acessibilidade, dentre outras intervenções, conforme informou a AngloGold Ashanti.
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