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Presidente da Faop Jefferson Coutinho renuncia ao cargo máximo do BDMG Cultural

Com isso, quem assume o cargo interinamente é a diretora financeira Larissa D’Arc de Faria, conforme definido no Estatuo Social do Instituto
Presidente da Faop Jefferson Coutinho renuncia ao cargo máximo do BDMG Cultural
Jefferson da Fonseca Coutinho | Crédito: Willian Dias / ALMG - 05/12/2023

Recém-chegado ao cargo, o atual presidente do Instituto Cultural do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG Cultural), Jefferson da Fonseca Coutinho, renunciou. Ele enviou uma carta ao Conselho de Administração do BDMG anunciando sua decisão.

Com isso, quem assume interinamente a presidência do braço cultural do banco é a diretora financeira Larissa D’Arc de Faria, conforme definido no Estatuo Social do Instituto. Ela deve permanecer no cargo até a nomeação de um novo diretor-presidente. Por meio de nota, a assessoria do BDMG confirmou as informações.

Jefferson Coutinho é presidente da Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop), e assumiu a presidência do BDMG Cultural em meio à discussão sobre o encerramento das atividades do Instituto e a transferência delas para a Faop. 

A expectativa era que Coutinho fosse o responsável pela condução dessa transição e para realinhar os investimentos do banco com o objetivo de fortalecer a cultura em Minas Gerais. Ele deveria apresentar um cronograma sobre a dissolução das atividades do BDMG Cultural.

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Uma audiência pública chegou a ser realizada na última semana pela Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), mas representantes do Estado e da fundação não responderam os questionamentos feitos durante a reunião.

O fechamento do BDMG Cultural

A decisão do fechamento do BDMG Cultural foi anunciada no último dia 3 de maio, mas já vem sendo noticiada pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO desde o fim do mês passado. Segundo a deputada Lohanna (PV), tudo ocorreu sem a consulta e anuência da Associação dos Servidores do instituto.

Conforme explicou a representante do Conselho Estadual de Política Cultural (Consec), Marcela de Queiroz Bertelli, a instituição é uma associação que tem como sócios e fundadores o BDMG e a Associação dos Funcionários do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (AFBDMG) que, em sua opinião, deveriam ter votos com o mesmo peso na decisão.

Já Coutinho frisou que o fechamento foi decidido pelo Conselho do banco. Ele reafirmou a manutenção dos programas atuais e disse que o cronograma será realizado “com muita calma, responsabilidade e respeito”.

Conforme publicado, a orientação da instituição financeira, no momento, é que não sejam fechados novos contratos na área até que surjam novas orientações sobre a gestão dos recursos.

A escolha do Conselho de Administração do BDMG por Coutinho se deu pelo fato dos conselheiros entenderem que o Instituto tem as mesmas competências executadas pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e, portanto, optou por ampliar o suporte do Banco à cultura no Estado por meio da Faop.

O DIÁRIO DO COMÉRCIO também apurou com uma fonte da instituição que o governador Romeu Zema (Novo) estaria insatisfeito com algumas posições dos funcionários ligados ao braço cultural da instituição financeira.

(Com Mara Bianchetti e Rodrigo Moinhos)

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