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Filarmônica já tinha conhecimento do acordo sobre a Sala Minas Gerais, diz Fiemg

Presidente do Conselho Administrativo do ICF teria procurado o presidente da Fiemg para discutir sobre parceria
Atualizado em 11 de abril de 2024 • 19:11
Filarmônica já tinha conhecimento do acordo sobre a Sala Minas Gerais, diz Fiemg
Acordo visa manter o funcionamento do espaço | Crédito: Andre Fossati / Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, afirma que o presidente do Conselho Administrativo do Instituto Cultural Filarmônica (ICF), Roberto Mário Soares Filho, já tinha conhecimento sobre as negociações para exploração comercial da Sala Minas Gerais desde março deste ano, assim como o diretor-presidente da instituição, Diomar Silveira.

Roscoe revela que foi procurado por Soares Filho no dia 5 de março para discutir a parceria. Segundo ele, o presidente do Conselho do ICF havia recebido essa informação por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG). O presidente da Fiemg afirma ter falado sobre o acordo e que Soares Filho chegou a ligar para ele no dia seguinte, se dizendo ansioso pela assinatura do contrato.

“Fiquei surpreso quando saiu uma nota dizendo que a Filarmônica não tinha conhecimento a respeito do acordo. De fato, ela não tinha detalhes do termo de cessão de uso, mas tinha amplo conhecimento sobre a parceria”, diz.

Leia Mais: Codemge alega que acordo visa manutenção da Sala Minas Gerais

O presidente da Fiemg reforça que o interesse da entidade é contribuir para a democratização da cultura de Minas Gerais. Ele ainda destaca a tradição do Sesi Minas como organizador de eventos culturais, formador de profissionais de cultura e gestor de espaços culturais.

“Podemos ajudar nessa iniciativa de reestruturar e contribuir com as finanças da Filarmônica e ainda tornar efetivamente possível um volume maior de pessoas frequentando a Sala Minas Gerais”, afirma.

Segundo Roscoe, o Sesi Minas possui R$ 10 milhões para serem investidos em espetáculos e a Fiemg tem capacidade de investir o montante necessário para bancar o projeto. “Não é por falta de dinheiro que o Sesi não vai conseguir arcar com o compromisso de R$ 4,5 milhões de despesas da Sala. Com relação a isso, o cidadão mineiro pode ficar tranquilo”, garante.

Esclarecimentos

Sobre a solicitação de esclarecimentos pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) e a proibição de qualquer novo ato até a apreciação do mérito dos fatos representados, o dirigente destaca que a solicitação de esclarecimentos foi motivada por um entendimento de que a gestão compartilhada fosse uma privatização do espaço. “Não estamos comprando a Sala Minas Gerais e entendemos que isso não é uma privatização”, frisa.

Disputa será tema de audiência pública na ALMG

O imbróglio entre o governo do Estado via Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) e o Instituto Cultural Filarmônica (ICF) vai ser tema de audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A reunião está marcada para 16 de abril, terça-feira, às 15:30h e foi solicitada pela Comissão de Cultura da Casa, formulada com base em requerimento de seu presidente Professor Cleiton (PV) e outros parlamentares.

O DIÁRIO DO COMÉRCIO apurou que o presidente da Codemge, Thiago Toscano, já foi convidado a participar da reunião que “tem por finalidade debater a cessão da Sala Minas Gerais para a iniciativa privada ou terceiro setor, encerrando o contrato de gestão da Filarmônica. (Colaborou Mara Bianchetti)

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