Passeio de barco na Lagoa da Pampulha é liberado e PBH faz acordo com a Marinha

A Lagoa da Pampulha está oficialmente liberada para passeios de barco. É o que garante a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Para o prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião, a retomada da navegação na Lagoa da Pampulha vai mudar o olhar do belo-horizontino e dos turistas sobre um dos principais cartões postais da cidade.

“Altera a forma de ver a Lagoa da Pampulha. As crianças que virão para cá a partir de agora para poder navegar, a imagem que elas vão levar da lagoa para as suas casas é o que mais importa. A imagem que o turista vai levar da Lagoa da Pampulha para o estado dele ou para o país dele, é o que mais importa”, disse Damião.

No sábado (13), o prefeito e integrantes da Marinha do Brasil realizaram uma navegação de reconhecimento. Assim, o principal ponto turístico da capital mineira retoma os passeios turísticos no espelho d’água. A lancha oficial da Corporação foi conduzida por membros da Marinha e percorreu o mesmo trajeto a ser adotado pelo barco turístico, que começa a operar nos próximos dias.

Que tipo de barco fará o transporte

A embarcação do tipo catamarã, com capacidade para 30 passageiros sentados, vai proporcionar, segundo a PBH, boa visibilidade para contemplação da paisagem.

O novo transporte chegou a Belo Horizonte na sexta-feira (12), e começa a operar tão logo seja concluída a montagem e expedidas todas as licenças necessárias. A PBH não indicou qual o prazo para que o serviço esteja 100% disponível.

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Como será o acesso ao novo serviço

O projeto-piloto de navegabilidade da Lagoa da Pampulha terá duração de três meses. As embarcações vão operar de quinta-feira a domingo, com três saídas diárias entre 8h e 17h.

Os ingressos serão gratuitos e liberados em site próprio, a ser disponibilizado para a população. O passeio terá duração aproximada de 1 hora, incluindo embarque, desembarque e navegação.

O circuito percorrido vai contemplar todos os monumentos do Conjunto Moderno da Pampulha. O passeio vai reforçar o valor da paisagem cultural da lagoa, sempre com um acompanhamento de um guia turístico. Ele vai apresentar conteúdo histórico, cultural e ambiental da Pampulha.

Servidores da Prefeitura de Belo Horizonte foram capacitados pela Capitania Fluvial de Minas Gerais, órgão ligado à Marinha do Brasil, e estão aptos a participar do processo de retomada da navegação em segurança.

Quem vai prestar o serviço e acordo com a Marinha

O Instituto Brasileiro de Gestão e Pesquisa (IBGP) foi o vencedor da licitação lançada pelo município e ficará encarregado de disponibilizar a embarcação e a tripulação para a realização dos passeios ofertados à população e aos visitantes da capital.

Por fim, outra resolução foi o acordo entre PBH e Marinha do Brasil. As duas instituições assinaram um protocolo de intenções para uma cooperação técnica, por meio da Capitania Fluvial de Minas Gerais. O propósito será de unir esforços para a fiscalização do tráfego de embarcações e equipamentos náuticos na Lagoa.

“A lagoa está, por parte da Marinha, navegável. O ordenamento cabe à Prefeitura e já estamos trabalhando juntos no decreto que define qual embarcação poderá navegar e em qual área poderá navegar. Em cima desse decreto, a Marinha fiscaliza se a embarcação está regular, se tem habilitação, se está cumprindo as normas”, ressaltou o capitão de Mar e Guerra da Marinha do Brasil e capitão dos Portos de Minas Gerais, Alessandro de Paula Lima.

Navegar sim, nadar não

No entanto, o prefeito Álvaro Damião destacou um ponto importante durante o anúncio do passeio na Lagoa da Pampulha: navegar está liberado. Nadar ainda é proibido.

“Foi tudo feito com muito critério, com muita responsabilidade. Volto a frisar que navegar não é direito para nadar. A navegação vai ser feita através de um decreto autorizativo da Prefeitura em parceria com a Marinha do Brasil. As embarcações autorizadas são as da Marinha e a embarcação da Prefeitura, que ganhou uma licitação. Só essas oficialmente poderão navegar”, explicou Damião.

Potencial turístico

Além de colocar a Lagoa da Pampulha como nova opção de lazer e turismo para a população, reforçando o potencial da Pampulha como um dos principais cartões-postais da cidade, a iniciativa tem como premissas a proteção e a valorização da fauna, flora e do patrimônio cultural local, e o fortalecimento da cadeia produtiva do turismo local.

Com a operação dos passeios, a Prefeitura de Belo Horizonte pretende estimular novas dinâmicas de visitação. O intuito é valorizar o conjunto arquitetônico e paisagístico reconhecido como Patrimônio Cultural Mundial, na categoria de Paisagem Cultural.