Marciele Delduque assume presidência da Cufa em Minas Gerais

Fundadora da Rede Marianas Mulheres que Inspiram, sediada em Mariana (região Central), Marciele Procópio Delduque assume, pela segunda vez, a presidência da Central Única de Favelas em Minas Gerais (Cufa MG). O mandato, de dois anos, tem como copresidente o executivo-social, especializado em favelas e periferias, e coordenador geral da Cufa em Araguari (Triângulo Mineiro), Agnaldo Zulu.
Marciele Delduque entrou para a Cufa em 2013, ocupando a presidência estadual da Cufa Minas entre 2014 e 2021. No ano passado, ela foi uma das homenageadas pelo prêmio Mulheres Brasileiras que Fazem a Diferença, concedido pela Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil.
“A parceria com Zulu vem para fortalecer a gestão em Araguari levando para lá as iniciativas que são mais notadas na Capital. Esse fortalecimento deve acontecer no meio político e no meio governamental, mostrando a força que a cidade de Araguari tem como mola propulsora, compondo todo o ecossistema da Cufa no âmbito regional e também nacional”, afirma Marciele Delduque.
A mineira, que se tornou ativista a partir do rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana – arrasando os distritos de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo –, em 2015, já conquistou outros reconhecimentos como Brics Women’s Innovation Competiton Award, organizado pelo Conselho da China para a Promoção do Comércio Internacional (CCPIT) e a Câmara de Comércio Internacional da China (CCOIC), no ano passado.
Colunista do Diário do Comércio desde 2023, ela foi coordenadora da primeira edição do Expo Favela em Belo Horizonte, em setembro do ano passado.
“Nosso primeiro objetivo é ampliar a atuação no interior, abrindo, até o fim do ano, Cufas em 60 diferentes municípios. A partir disso, a primeira ação terá a ver com a formação de mulheres empreendedoras e intraempreendedoras como força da economia local. A partir daí vamos replicar ações como a Taça das Favelas e a Expo Favela para ganharmos força entregando capacitação empreendedora e transformação através do esporte”, destaca a presidente da Cufa em Minas Gerais.
Criada há mais de 20 anos, por Celso Athayde, a Cufa promove atividades culturais relacionadas a esporte, educação, cidadania e arte, através da cultura Hip-hop, promovendo a integração e inclusão social da favela em favelas de todo o Brasil.
A Central tem a Favela Holding como mantenedora, um grupo com mais de 20 empresas voltadas para a favela e que se tornou seu braço econômico. A organização venceu o Prêmio Caboré 2022, na categoria de serviço de marketing.
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