Ópera de Mozart inspira o espetáculo “A Guitarra Mágica”

Estreia amanhã o espetáculo “A Guitarra Mágica”, inspirado na conhecida ópera “A Flauta Mágica”, do austríaco Wolfgang Amadeus Mozart. Em cena, atores cantam, ao vivo, acompanhados de orquestra de câmara e um trio power rock formado por guitarra, baixo e bateria. Na trama, dois amigos são transportados para dentro de um jogo de fliperama e para encontrar a saída precisam chegar à última fase, sem perder a única vida que lhes resta. Durante a aventura, eles contam com a ajuda de uma guitarra mágica. O espetáculo terá duas sessões, amanhã, às 18h, e, no próximo domingo (25), às 17h, no Cine Theatro Brasil Vallourec.
Os ingressos custam R$ 24 (inteira) e R$ 12 (meia), no site da Cyntilante Produções.
“Normalmente, o espectador dentro do universo da ópera é muito elitizado. O próprio canto lírico causa um grande distanciamento. É daí a ideia de aproximar o público da música de concerto, a partir do contato com obras históricas, e que se tornam mais acessíveis e envolventes quando levadas a outros contextos”, comenta Fernando Bustamante, diretor artístico da Cyntilante Produções.
Segundo o diretor, a proposta de casar Mozart e rock não é nova, e surge, em 1985, com a banda francesa Dollie De Luxe: “Chama atenção ao criar um mashup da ária de Mozart com o clássico do rock ‘Satisfaction’ da banda inglesa Rolling Stones. Uma inspiração para a construção da nossa versão da Flauta Mágica de Mozart”, comenta.
Desde 2005, a Cyntilante Produções é conhecida pela adaptação de clássicos da literatura para o teatro musical. “A Guitarra Mágica” é o segundo espetáculo de uma trilogia que rompe com essa lógica. Neste novo projeto, a produtora mineira aposta em adaptações para o formato operístico, inspiradas nas grandes óperas clássicas. “O primeiro espetáculo da trilogia, “João e Maria – A Opereja”, que teve estreia no ano passado, levou a ópera alemã de Engelbert Humperdinck – sobre a fábula dos irmãos que se perdem na floresta – para a paisagem do sertão brasileiro. Em 2025, a proposta é encerrar a trinca com “Aída”, de Verdi dentro do contexto do samba”, explica Fernando.
Aventura
Em “A Guitarra Mágica”, o público é convidado a uma aventura, embalada por Mozart, Led Zepplim, Cazuza, Legião Urbana, Elvis Presley, com os personagens Tamino e Papageno, protagonizados por Thales Barbosa e Leon Ramos. Para conseguir retornar ao mundo real, a dupla de amigos terá apenas uma vida no jogo para passar por todas as fases do fliperama, resgatar a Princesa Pamina, pegar um livro encantado de música e derrotar o Chefão Zarastro, com a ajuda de uma guitarra mágica.
“Como a história do espetáculo se passa dentro de um videogame, o cenário é todo virtual”, explica Bustamante. Ele conta que para criar a atmosfera, o público assiste em painéis de Led tradicional, a projeções com ambientes e criaturas no formato quadriculado, que lembram o videogame retrô de 16 bits. “Como por exemplo, algo próximo dos cenários de Super Mário e outros grandes ícones do videogame 2D, que não tem a pretensão de fazer o mundo virtual igual ao mundo real”, comenta.
Os figurinos de Ricca Costumes, em “A Guitarra Mágica”, fazem opção pela atitude rock. “Os cabelos punks, a fluorescência que tem o rock nas cores, não só o lado Dark. A gente também acentua em algumas referências que levam a plateia a ter a sensação de estar num jogo de fliperama de antigamente, com a ostentação de cabeças e perucas com formas retas e pixeladas”, ressalta.
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