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Vapor histórico passa por restauração

Vapor histórico passa por restauração
Crédito: Divulgação

Patrimônio de Minas Gerais desde 1985, o Vapor Benjamim Guimarães, que está ancorado em Pirapora, no Norte de Minas, está passando por um processo de restauração que, em breve, permitirá o retorno da embarcação ao rio São Francisco. A licitação foi concluída em outubro e a restauração do barco está sendo realizada por meio de um criterioso processo, que levará de seis a oito meses para ser concluído.

Com a proposta de tornar todo o processo transparente para os mineiros, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), está publicando, periodicamente, notas técnicas em seu site a respeito das etapas de restauração do vapor. A primeira, divulgada no último domingo (8), trata do início dos trabalhos, com a docagem da embarcação das águas do São Francisco.

De acordo com o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, o processo de restauração do Vapor Benjamim Guimarães é muito simbólico. “Estamos devolvendo ao povo mineiro um patrimônio que conta parte da nossa história e a transparência ao longo de todo esse processo de restauro é fundamental para o fortalecimento de nossas políticas patrimoniais”, destaca Leônidas Oliveira.

A presidente do Iepha-MG, Michele Arroyo destaca que a restauração já era uma iniciativa aguardada por muitos. “Depois de mais de 30 anos passados de sua última reforma integral, o Vapor Benjamim Guimarães tem a oportunidade de passar por uma nova restauração. Esperamos que, com isso, a comunidade de Pirapora, do estado e do Brasil possam usufruir e voltar a contar histórias pelo rio São Francisco”, ressalta.

Publicadas de forma periódica no site do Iepha-MG, as notas técnicas sobre o restauro do Vapor Benjamim Guimarães vão destrinchar todo o processo pelo qual a embarcação será condicionada ao longo dos próximos meses. A primeira edição, que foi divulgada em na última terça-feira (10), descreve o processo de docagem do barco. A docagem consiste na retirada da embarcação da água para um local, conhecido como doca, onde serão realizados os procedimentos de manutenção e reparos geralmente de ordem maior, que não podem ser realizados com o barco em operação.

A docagem da embarcação, primeira e mais complexa etapa da obra, foi concluída. A operação foi dificultada pelo baixo nível da água do rio São Francisco e da fragilidade em que se encontra a embarcação, razão pela qual está impedida de navegar há alguns anos. A última obra de restauração foi realizada no ano de 1986 e ao longo destes trinta e quatro anos, foram realizadas intervenções pontuais.

Durante o processo de docagem iniciado no último dia 7, conforme cronograma da obra, a embarcação sofreu uma flexão na parte posterior, que será sanada e não implicará em serviços extras aos já previstos na obra em curso, que contemplará as intervenções necessárias para a conformidade da embarcação às normas vigentes, condição indispensável para sua navegabilidade.

O valor total que será investido na recuperação do Benjamim Guimarães é de R$ 3,7 milhões dos quais R$ 74.000,00 devem ser aportados pelo Iepha-MG a título de contrapartida. As obras estão sendo executadas pela empresa INC Indústria Naval Catarinense, vencedora da licitação.

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