Política

EUA convida China para continuar negociações

EUA convida China para continuar negociações
Foto: REUTERS/Yuri Gripas

Pequim e Washington – A China recebeu um convite dos Estados Unidos para continuar as negociações comerciais, com o objetivo de evitar uma guerra tarifária entre as duas potências, o que seria a quinta rodada de conversas, confirmou ontem Geng Shuang, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês.

“A China recebeu o convite dos EUA e dá as boas-vindas. Agora as duas partes estão em comunicação para [concretizar] os detalhes”, afirmou.

O convite ocorre em um momento de crescente tensão diante da possível aprovação de uma nova onda de tarifas em Washington para produtos importados chineses no valor de US$ 200 bilhões.

A China considera que “a escalada das disputas comerciais não serve ao interesse de nenhum lugar”, destacou Geng, ressaltando que desde as últimas conversas, em Washington, no mês passado, as duas equipes negociadoras estiveram em contato e trocaram seus respectivos pontos de vista e preocupações sobre a situação.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


A possibilidade que Pequim e Washington retomem as reuniões e trabalhem para encontrar uma solução no conflito comercial foi bem recebida pelas bolsas chinesas, que fecharam a sessão de ontem com lucro depois de dias consecutivos de quedas.

As equipes de negociação da China e EUA já mantiveram quatro rodadas de reuniões, e a última delas foi liderada pelo vice-ministro do Comércio chinês, Wang Shouwen, e o subsecretário do Tesouro americano, David Malpass.

O governo do presidente americano, Donald Trump, está dando mais uma chance a Pequim para evitar novas tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses, pedindo a graduadas autoridades uma nova rodada de diálogo ainda neste mês, informou o Wall Street Journal na quarta-feira, citando pessoas ligadas ao assunto.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse ontem que os EUA não estão sob pressão para fechar um acordo comercial com a China, um dia após seu principal assessor econômico ter dito que o governo convidou as autoridades chineses a reiniciar as negociações.

“Não estamos sob pressão para fazer um acordo com a China, eles estão sob pressão para fazer um acordo conosco. Nossos mercados estão em alta, enquanto os deles estão em colapso. Em breve estaremos recebendo bilhões em tarifas e produzindo produtos em casa”, escreveu Trump em uma publicação em sua conta no Twitter.

Leia também:

Preços do minério de ferro e aço se recuperam no país asiático

Empresas – Dois terços das empresas americanas na China dizem que foram prejudicados pelo crescente embate tarifário entre Pequim e Washington, informaram ontem dois grupos empresariais, além de pedirem a retomada das negociações para um acordo.

Outras empresas dos Estados Unidos dizem que sofrerão se o governo de Donald Trump avançar com barreiras sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses em sua luta política contra apropriação de propriedade intelectual por parte de Pequim, de acordo com as Câmaras Americanas de Comércio na China e em Xangai.

“As empresas americanas estão sofrendo com as tarifas retaliatórias da China, e ironicamente com as tarifas americanas destinadas a prejudicar a economia chinesa”, disseram os dois grupos em um comunicado. “A Amcham China e a Amcham Xangai pedem que ambos os governos retornem à mesa de negociações.”

Os dois lados impuseram tarifas de 25% sobre US$ 50 bilhões em bens um do outro. Pequim emitiu uma lista de US$ 60 bilhões em importações americanas para retaliação se houver uma nova escalada tarifária promovida pelo governo Trump. (ABr, AE e Reuters)

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas