Agronegócio

Agronegócio de MG faz propostas para o próximo governo federal

Em evento na terça-feira (11), Faemg apresentou documento feito pela CNA com sugestões do Agro para futuro governo federal
Agronegócio de MG faz propostas para o próximo governo federal
Recomendações do setor foram divididas em quatro eixos: segurança alimentar, desenvolvimento econômico, social e sustentável | Crédito: Nathalie Guimarães

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) apresentou na terça-feira (11) as propostas do agronegócio mineiro para o próximo governo federal. O documento destaca quatro eixos vistos como prioritários pelo setor: segurança alimentar, desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e desenvolvimento sustentável. Reeleito, o governador Romeu Zema (Novo) participou do encontro.

As recomendações do agronegócio para o desenvolvimento do País foram elaboradas pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com as federações estaduais de agricultura e pecuária e sindicatos rurais. Os temas abrangem tanto aspectos econômicos e sociais quanto políticos, a partir do entendimento de que todos os setores de produção estão conectados. 

Pauta recorrente no mundo nos últimos anos, o combate à insegurança alimentar, por exemplo, indica diferentes políticas públicas para garantir a oferta de alimentos à população na quantidade e na qualidade adequadas. Para o presidente da Faemg, Antônio de Salvo, isso já está sendo feito graças aos avanços tecnológicos do agronegócio brasileiro. 

Segundo ele, com a evolução tecnológica desde a década de 1970, o Brasil passou de importador para exportador. Dessa forma, vários alimentos que antes eram comprados passaram a ser produzidos em solo nacional. Esse progresso permitiu ao País ter uma agricultura de primeiro mundo, o que possibilitou uma segurança alimentar para a população. 

O executivo da Faemg destacou que “fome se combate com produção, trabalho e seriedade” e para ele o “único capaz de acabar com a fome brasileira e mundial é o setor produtivo da  agropecuária”.

No desenvolvimento econômico, defende-se a necessidade de reformas e da criação de políticas agrícolas de desenvolvimento regional. Já no desenvolvimento social, o setor do agronegócio propõe o estímulo à inovação e à pesquisa em saúde, além da ampliação do número de cursos técnicos e superiores e de vagas para as áreas rurais. Também se apoia a reforma trabalhista rural.

Antônio de Salvo ressaltou que 91% dos produtores mineiros são pequenos produtores e que esses devem ser prioridade. Segundo ele, é necessário trabalhar a renda dessas pessoas e mantê-las no campo, inclusive, para ajudar a sustentar a segurança alimentar da população.

Para a sustentabilidade do País, as principais ideias propostas são ampliar as ações do setor do agronegócio e da agropecuária na agenda de desenvolvimento sustentável, produzir alimentos saudáveis, auxiliar na transição para uma economia verde e assegurar a conservação da biodiversidade e das florestas. 

O presidente da Faemg salientou que o “desenvolvimento social está atrelado ao econômico, pois não existe sociedade com educação e com saúde, sem renda e sem comida”. Quanto à sustentabilidade, ele disse que o setor está pronto para ouvir e discutir as melhores ações.

No evento, o governador Romeu Zema afirmou que, quando assumiu o Estado há quatro anos, teve “que consertar várias coisas” e que hoje, que “já estão bem encaminhadas”, tem “obrigação de ajudar o agro nesse segundo mandato ainda mais que no primeiro”. 

Zema apontou várias iniciativas que foram realizadas durante seu primeiro governo, como a regulamentação do queijo artesanal e a suspensão da vacinação contra a febre aftosa. 

Apoio a Bolsonaro 

O presidente da Faemg, Antônio de Salvo, aproveitou ainda a coletiva para declarar apoio do setor no Estado à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). 

“Precisamos de harmonia e alinhamento para que Minas e o Brasil continuem crescendo. O agro precisa de quem nos respeite, e, com as ideias passadas até o momento, quem está nos respeitando de forma mais firme é o presidente Bolsonaro, e assim vamos seguir com ele”, afirmou.

Conforme o executivo da Faemg, na segunda-feira (10), houve uma reunião virtual da Faemg com mais de 400 produtores rurais e lideranças de sindicatos e a “vontade praticamente unânime (deles) é que apoiemos a reeleição de Jair Bolsonaro”. 

Ainda segundo ele, o momento não é para ficar de braços cruzados e, por isso, com respeito à democracia e dentro das quatro linhas, será feita campanha para reeleição do candidato do PL. 

“Estou aqui representando a Faemg e assim o farei para que a gente possa dar ao homem do campo a possibilidade de continuarmos produzindo com segurança, com respeito à propriedade privada e com um horizonte claro para que possamos continuar levando segurança alimentar para os brasileiros e para boa parte da população”, destacou.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também reiterou o seu apoio a Bolsonaro. Zema disse que “dentro do possível” fará campanha até o último dia e que já tem feito por redes sociais e em encontros presenciais. “Farei todo o esforço para que tenhamos um governo que conduza o País para o futuro e não para o passado”, completou.

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