Delfinópolis lança marca coletiva na 3ª Feira da Banana
O município de Delfinópolis promove, até o dia 8 de junho, a 3ª Feira da Banana. Organizado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), Sebrae e Associação dos Produtores de Banana de Delfinópolis (Adelba), o evento inclui palestras, dia de campo, mesas redondas e exposição de máquinas, equipamentos e insumos. Um destaque na programação é o lançamento da marca coletiva da banana produzida na região de Delfinópolis.
A marca coletiva é um sinal distintivo, conferido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), que visa a diferenciar produtos ou serviços de outros idênticos, semelhantes ou afins, de origem diversa ou não. O objetivo é identificar produtos ou serviços prestados por membros de determinada entidade coletiva, como, por exemplo, associação, cooperativa, sindicato, consórcio, federação e confederação, entre outros.
O registro da marca coletiva garante sua proteção em território nacional, assegurando exclusividade de uso no ramo de atividade. Além disso, indica para o consumidor que o fabricante ou prestador de serviço pertence a uma determinada entidade representativa. Ao assinalar produtos ou serviços com boa reputação, pode agregar valor aos mesmos, atraindo e fidelizando o consumidor.
Em Minas Gerais, alguns produtos já obtiveram sua marca coletiva. É o caso do queijo Minas artesanal da Canastra, produzido pela Associação dos Produtores de Queijo da Canastra (Aprocan), ou de Frutas do Jaíba e Café do Cerrado.
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“Com isto, Delfinópolis ocupará a posição singular de município com duas marcas coletivas, já que também está incluído na do queijo da Canastra”, comemora o engenheiro agrônomo Sávio Marinho.
Maior em 2019, a 3ª Feira da Banana conta com 60 expositores, o dobro do ano anterior. O número de pesquisadores e técnicos presentes na programação também cresceu.
“A feira vem aumentando ano a ano e consolidando a posição do município do Sul de Minas, que hoje ocupa o segundo lugar na produção de banana do Estado”, afirma o extensionista Sávio Marinho, que atua no escritório local da Emater-MG.
“Será uma oportunidade para os produtores trocarem experiências, ouvirem especialistas e conhecerem novidades em equipamentos, processos e insumos. Haverá também programação artística, exposição de artesanato e produtos típicos, concursos do maior cacho de banana e do melhor queijo da Canastra”, explica Sávio Marinho.
Produção – Delfinópolis é, hoje, o segundo maior produtor de bananas de Minas Gerais, com produção estimada de 80 mil toneladas até o final deste ano e valor aproximado de R$ 90 milhões. São 150 produtores cultivando a fruta em uma área de 3.550 hectares. Cerca de 1.300 pessoas trabalham diretamente nas lavouras, sem contar os empregos indiretos, que vão de funcionários dos escritórios, das oficinas que prestam serviços na construção de galpões, até fornecedores de uniformes para funcionários, empresas de montagem e manutenção de irrigação, entre outros profissionais.
A cultura teve início em 1993 como alternativa ao café, que passava por um período de preços baixos no mercado. A iniciativa partiu de nove produtores, que começaram, no final daquele ano, o plantio de mudas em uma área de 20 hectares. (Com informações da Emater-MG).
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