Economia

Censo 2022: mineiros vivem em casa e têm acesso à água e esgoto

Censo 2022 mostra que Viçosa, Belo Horizonte e Juiz de Fora são os municípios com maiores proporções de apartamentos no Estado
Censo 2022: mineiros vivem em casa e têm acesso à água e esgoto
Crédito: Adobe Stock

O tipo de domicílio mais comum em Minas Gerais é a casa, com 84,3% da população vivendo nestes imóveis. É o que revela os dados do Censo 2022 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é próximo ao observado em todo Brasil (84,8%). Em números absolutos, foram contabilizadas mais de 6,35 milhões de casas no Estado.

A proporção era ainda maior em 2010, com 88,89% dos domicílios, no entanto, a quantidade de casas em 2022 é superior ao registrado 12 anos antes, quando foram contabilizadas mais de 5,35 milhões de casas em Minas.

De acordo com o Censo 2022, 11 municípios mineiros registraram 100% dos domicílios do tipo casa. São eles:

  • Serra da Saudade
  • Senador José Bento
  • Queluzito
  • José Gonçalves de Minas
  • Ipiaçu
  • Frei Gaspar
  • Fortaleza de Minas
  • Conceição da Barra de Minas
  • Caranaíba
  • Araçaí
  • Alagoa

Por outro lado, três cidades se destacaram com as menores proporções de casas e maiores proporções de apartamentos entre os municípios de Minas Gerais: Viçosa (0,04% de casas contra 44,99% de apartamentos), Belo Horizonte (0,81% contra 38,86%) e Juiz de Fora (0,21% contra 37,07%).

Os demais modelos mais populares do Estado são: apartamento (14,36%), casa de vila ou condomínio (1,05%). Já as habitações em cortiço ou casa de cômodos (0,2%), estruturas residenciais permanentes degradadas ou inacabadas (0,04%) e habitações indígenas sem paredes ou maloca (0%) não atingiram um por cento dos domicílios em Minas.

De acordo com o levantamento, das 3.208 unidades de domicílios do tipo “estrutura residencial permanente degradada ou inacabada”, 1.116 estão localizadas na Capital. No entanto, o município de Araporã, no Triângulo Mineiro, foi o que apresentou o maior percentual deste tipo de imóvel, com 1,25% do total de seus domicílios classificados nessa categoria.

Minas Gerais possui mais domicílios ligados à rede de água que a média do País

Ainda conforme o Censo 2022, Minas Gerais registrou uma taxa de domicílios ligados à rede geral de distribuição de água superior ao observado em todo País, atingindo percentual de 87,89% contra 83,88%. Apenas 9,56% dos imóveis do Estado não possuem ligações à rede, frente a 12,57% na média nacional.

Outros 2,55% utilizavam, principalmente, outras formas de abastecimento. No Brasil essa taxa é de 3,55%. Dentre as diferentes formas utilizadas em Minas, a que mais se destaca é o poço profundo ou artesiano, com 4,86% dos imóveis, seguido pelo uso de fonte, nascente ou mina, com 4,47% dos domicílios mineiros.

Confira as cidades de Minas Gerais com as maiores proporções de imóveis ligados à rede de abastecimento de água e que a utilizam como forma principal de abastecimento, segundo o Censo 2022:

  • Contagem (99,34%)
  • Belo Horizonte (99,33%)
  • Ibirité (99,21%)

Por outro lado, Joanésia (22,49%), Pedra Bonita (29,47%) e Luisburgo (30,67%) são os municípios com menores percentuais do Estado.

Além disso, o Censo do IBGE também revelou que 98,94% dos domicílios de Minas possuem acesso à água canalizada dentro das casas, apartamentos ou habitações. Isso representa avanço de 2,7 pontos percentuais na comparação com 2010 (96,24%). Ela também supera o resultado apresentado no cenário nacional, com 95,67% das moradias. Dentre os 853 municípios mineiros, 19 possuem 100% de seus domicílios com acesso à canalização.

Esgotamento sanitário segundo o Censo 2022

Quanto ao esgotamento sanitário, apesar da maioria dos imóveis localizados em território mineiro (80,74%) contar com acesso à rede geral, pluvial ou fossa ligada à rede, 10,32% dos domicílios ainda utilizavam fossas rudimentares ou buracos como forma de esgotamento sanitário em 2022. Outros 4,08% dispunham de fossas sépticas ou fossas e filtros não ligados à rede e 4,07% descartavam o esgotamento em rios, lagos ou córregos.

Os municípios com as maiores taxas de residências com rede geral, rede pluvial ou fossa ligada à rede são: Santa Cruz de Minas (99,52%), Ipatinga (98,54%) e Poços de Caldas (97,97%). Já os piores resultados foram observados em Serranópolis de Minas (0,13%), Miravânia (0,15%) e Cônego Marinho (0,17%).

Quase todos os domicílios de Minas Gerais (99,61%) possuem banheiros ou sanitários de uso exclusivo, contra 0,15% que não tinham nenhum dos dois. Conforme apontado pela pesquisa, 93 municípios tinham todas suas residências com banheiros de uso exclusivo.

Destinação de lixo

Segundo o Censo 2022, a maioria dos imóveis em Minas Gerais (92,68%) tem seu lixo coletado. Desta parcela, 86,22% possuía coleta em domicílio e 6,46% tinham o lixo depositado em caçamba de serviço de limpeza.

Dentre os que não contavam com acesso à coleta, 6,63% queimavam o lixo na propriedade. Outros 0,15% enterravam lixo na propriedade, 0,21% jogavam em terreno baldio, encosta ou em área pública e 0,33% davam outro destino aos resíduos.

No caso dos municípios, o destaque positivo foi Santa Cruz de Minas, na região Central do Estado, com 100% de acesso à coleta de lixo, contra apenas 24,14% em São João das Missões, na região Norte de Minas Gerais.

Cor ou Raça

De acordo com o IBGE, os residentes que se consideram pardos são a maioria entre aqueles que vivem em casas em Minas Gerais, com 41,79% dessa população. No entanto, os brancos se destacam na divisão dos apartamentos e em casas de vila ou condomínios, com 6,89% e 0,47%, respectivamente.

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