Cultura do café é uma das mais castigadas pelas chuvas de granizo
As chuvas de granizo registradas em várias regiões de Minas Gerais nos últimos dias têm prejudicado a produção agrícola. Desde outubro, as intempéries se tornaram mais frequentes e têm afetado principalmente os cafezais, além dos grãos, hortaliças e frutas.
A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) está em campo levantando os prejuízos. Com as novas chuvas de granizo desta semana, o estudo está em atualização e deve ser divulgado nos próximos dias.
As primeiras informações indicam que as regiões mais afetadas são o Sul de Minas, Zona da Mata e parte do Triângulo.
Ocorrência acima do normal
De acordo com o coordenador-técnico estadual da Emater-MG, Willem de Araújo, as chuvas de granizo são comuns nesta época do ano, porém, a ocorrência está muito acima da normalidade, o que vem causando diversos prejuízos.
“As chuvas de granizo são típicas da primavera/verão, só que não nessa frequência elevada que estamos registrando em 2022 e atingindo diversas regiões do Estado”.
Dentre as culturas, uma das mais afetadas é a do café. Nesta época do ano, o cafeeiro está em uma fase crítica, que é o período de frutificação da planta. Se houver queda dos frutos, devido ao granizo, há perda da produção da planta.
“Desta forma, o produtor corre o risco de não ter a produção no próximo ano. Em casos mais graves, pode ser necessário podar a planta, e o produtor fica sem a colheita por dois anos. É uma situação social e econômica grave. É importante lembrar que a cultura, em algumas áreas, também enfrentou geadas e seca”, disse Araújo.
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