Economia

Desenrola: governo federal facilita acesso de devedores

Tentativa é de alcançar mais devedores a um mês e meio do fim do prazo da iniciativa
Desenrola: governo federal facilita acesso de devedores
Foto: Bruno Domingos/Reuters

Brasília – O governo anunciou, nesta quinta-feira (15), uma nova facilitação de acesso ao Desenrola Brasil, programa de renegociação de dívidas das famílias, em uma tentativa de alcançar mais devedores a um mês e meio do fim do prazo da iniciativa, que busca reduzir o comprometimento de renda dos brasileiros e fortalecer o crédito e a economia.

O ajuste ocorre depois de o programa beneficiar 12 milhões de pessoas, que renegociaram R$ 35 bilhões em débitos, abaixo da expectativa apresentada pelo Ministério da Fazenda no ano passado de que 37 milhões de pessoas poderiam repactuar R$ 50 bilhões. Antes, em 2022, a equipe do governo eleito trabalhava preliminarmente com uma meta mais ousada de até R$ 95 bilhões.

A partir de agora, o Desenrola permitirá que o acesso à plataforma seja feito diretamente pelos sites e aplicativos de bancos e birôs de crédito, sem a necessidade de login pelo gov.br (site unificado do governo), informou o coordenador-geral de Economia e Legislação do Ministério da Fazenda, Alexandre Ferreira.

Inicialmente, foi liberado o acesso direto pelos sistemas do Serasa, que tem hoje 88 milhões de brasileiros cadastrados e 26 milhões de acessos mensais, mas Ferreira disse que o governo está em diálogo com outros agentes.

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“Esse ajuste na regra, a entrada do Serasa e essa nova perspectiva que temos até o final de março é justamente para lembrar, engajar, comunicar com as pessoas para que elas acessem o programa”, afirmou.

No fim do ano passado, o governo prorrogou o prazo de encerramento do Desenrola de 31 de dezembro para 31 de março. Na ocasião, o programa também passou a permitir que usuários com conta bronze no sistema gov.br acessem a plataforma de renegociação de dívidas. Antes, o site demandava certificados prata ou ouro, com níveis mais altos de exigências.

De acordo com o técnico da pasta, o programa está usando no momento R$ 1 bilhão em recursos do Tesouro Nacional para garantia das operações do Desenrola, bem abaixo do valor de R$ 8 bilhões disponibilizado para o programa.

Ferreira argumentou que o patamar baixo do uso das garantias é influenciado pelos descontos concedidos pelos bancos no acerto com os devedores, que ficaram muito acima do esperado, uma redução média de 85% do valor das dívidas.

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