Abrasel-MG e Belotur definem estratégias para o Carnaval de Belo Horizonte; veja principais

Representantes da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel-MG) e da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur) se reuniram para traçar estratégias de melhoria na logística do Carnaval da capital mineira. Dentre os acordos definidos por parte da administração municipal, está a redução do tempo de fechamento de ruas e vias.
A presidente da Abrasel-MG, Karla Rocha, destaca que a BHTRANS realizará um trabalho diferente do que ocorreu na edição passada da folia, quando as interdições acabaram prejudicando o acesso da população e trabalhadores a bairros e estabelecimentos comerciais da Capital.
“Se um bloco passar às 10h, as ruas pelas quais o cortejo irá circular serão fechadas 60 minutos antes e liberadas logo após o término do evento”, explica.
Criação de ‘bolsões’ nas ruas de folia
Karla Rocha relata que a Belotur criou uma estratégia de circulação dos blocos chamada “bolsão”, que consiste no fechamento das mesmas vias, em uma determinada área ou região, entre sábado e terça-feira de Carnaval.
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“Com isso, o empresário, o morador e o trabalhador conseguirão se programar melhor para qualquer eventualidade relacionada a deslocamentos”, completa.
Durante a reunião, a Abrasel-MG reforçou a importância de, após a passagem dos blocos e a liberação do trânsito, as placas de sinalização de fechamento das ruas serem prontamente retiradas para evitar confusão e transtornos. Essa ideia valerá para os locais onde não haverá mais a presença de blocos nos dias seguintes, mas não inclui as regiões das áreas do bolsão.
“Vimos, no ano passado, diversas vias fechadas em frente a estabelecimentos sem necessariamente haver bloco desfilando naquele horário e, algumas vezes, naquele trecho, o que impediu o fluxo de clientes e, consequentemente, trouxe prejuízo para empresários e comerciantes”, relata.
Karla Rocha ainda salienta que, caso alguém encontre uma placa de sinalização indevida em uma rua, basta acessar os canais da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para informar o local onde ela está localizada. “A partir daí, a prefeitura tem um prazo para retirá-la”, disse ela, sem informar esse prazo.
Banheiro químico e coleta de lixo
A entidade que representa o setor de bares e restaurantes também sugeriu uma distribuição mais assertiva dos banheiros químicos durante o período de Carnaval em Belo Horizonte. Caso algum sanitário esteja instalado na porta de bares e restaurantes, durante os dias de festa, o proprietário poderá ter autonomia para mudá-lo de lugar ou entrar em contato com a Belotur, solicitando a troca.
Ela também solicitou à Secretaria Municipal de Política Urbana que estabelecimentos com alvará de mesas e cadeiras, que não estejam na rota de passagem dos blocos, sejam autorizados a cercar o passeio com gradis. O objetivo é assegurar um ambiente controlado, seguro e organizado para os clientes.
A Abrasel-MG ainda reforçou a importância de um plano eficiente de coleta de lixo durante o Carnaval.
“No ano passado, felizmente, não tivemos nenhum problema relacionado ao serviço. Os lixos foram coletados nas datas e horários normais. Para este ano, vamos apenas enviar um ofício ao Serviço de Limpeza Urbana (SLU) só para reiterar este pedido. Nós, inclusive, nos colocamos à disposição para transmitir as informações ao setor em relação às medidas implementadas”, afirma Karla Rocha.
Donos de bares ambulantes no Carnaval de BH
O encontro também definiu que os donos de bares e restaurantes da capital mineira poderão solicitar credenciais, a partir do próximo dia 16, para atuarem como ambulantes durante a realização da folia.
O objetivo dessa medida é minimizar os impactos, principalmente, para os empresários do setor, que em carnavais anteriores sofreram com prejuízos em seus estabelecimentos devido ao fechamento de ruas, o que impediu o acesso dos clientes às casas.
A presidente da associação ressalta que, se o comerciante não quiser trabalhar como ambulante, mas perceber a presença desses profissionais próximos à porta de seu estabelecimento, eles poderão recorrer aos agentes públicos da região.
Karla Rocha também destaca que todas as medidas e pedidos debatidos são necessárias para que o Carnaval em Belo Horizonte cresça com ainda mais responsabilidade, de forma sólida e organizada.
“Como representantes de um setor que está diretamente relacionado à festa e que graças a ela têm expectativa de aumentar o faturamento de 10 a 15% no período de 27 de janeiro a 17 de fevereiro, estamos super dispostos a dar nossa contribuição para que a folia de BH se fortaleça como um case de sucesso”, finaliza.
A expectativa é de que o município registre 5,5 milhões de foliões nos festejos deste ano, entre moradores e turistas. Além disso, é esperado uma injeção de aproximadamente R$ 900 milhões na economia e a geração de mais de 24 mil empregos temporários, segundo dados do governo estadual.
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