Economia

Minas Gerais atraiu R$ 458,27 bilhões em investimentos privados em cinco anos; veja balanço

Com isso, a estimativa é de cerca de 450 mil empregos gerados, entre diretos e indiretos
Atualizado em 18 de dezembro de 2024 • 20:19
Minas Gerais atraiu R$ 458,27 bilhões em investimentos privados em cinco anos; veja balanço
Governo de Minas apresenta balanço na área de desenvolvimento econômico | Diário do Comércio/ Juliana Gontijo

Minas Gerais atingiu a marca de R$ 458,27 bilhões em investimentos privados atraídos desde janeiro de 2019, de acordo com balanço divulgado nesta quarta-feira (18) pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede). Ao todo, são 869 projetos de 43 setores, espalhados por 291 municípios de diversas regiões do Estado. Em razão dos aportes, a estimativa é de cerca de 450 mil empregos gerados, entre diretos e indiretos.

O crescimento acumulado dos investimentos de 2019 até o fim de 2024 representa, em média, quase R$ 80 bilhões de aportes por ano, enquanto que de 1998 a 2018, a média era de R$ 11 bilhões por ano.

Em 2024 até novembro, os aportes chegam a R$ 70,3 bilhões. Em todo ano de 2023, o governo mineiro chegou a marca de R$ 114,4 bilhões em volume de investimentos privados atraídos, até então um recorde histórico desde 1998, quando foi adotada essa metodologia de medição.

Para o secretário da Sede, Fernando Passalio, o resultado da atração de investimentos este ano foi positiva, considerando o cenário de incertezas, como a reforma tributária, além do impacto da instabilidade política do governo federal. “Isso tudo gerou dificuldade em algumas prospecções”, diz.

Durante o café da manhã com jornalistas, ele falou que do total de R$ 458,27 bilhões de aportes atraídos pelo Estado, o risco de cancelamento é da ordem de 9%, contra 19% da média histórica. “É uma taxa muito pequena diante do total de investimentos atraídos”, frisa.

Ele explica que a taxa de conversão de investimento em Minas é de 62%, que é recorde global, já que a média mundial é de 48%, de acordo com a World Association of Investment Promotion Agencies (Associação Mundial de Agências de Promoção de Investimentos – Waipa).

Passalio também falou sobre a Bravo Motor, cujo complexo industrial deve ser viabilizado no município de São Sebastião do Passé, na Bahia, conforme noticiado pelo Diário do Comércio em julho deste ano. “Ainda não houve o distrato”, conta.

Em 2021, o parque fabril foi anunciado para Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). À época, o início das operações do empreendimento, cujo aporte seria de R$ 25 bilhões em cerca de nove anos, com mais de 13 mil empregos gerados, era previsto para o ano de 2023. “Pelos dados da demanda de carros elétricos no Brasil, eu acho difícil esse investimento sair também na Bahia nos próximos anos”, diz.

Resultado do PIB mineiro

Passalio abriu o encontro com a imprensa destacando o resultado do Produto Interno (PIB), divulgado na terça-feira (17) pela Fundação João Pinheiro (FJP). Minas Gerais cresceu 2,8% no acumulado do ano até o terceiro trimestre, desempenho abaixo da média nacional no período, com alta de 3,3%.

Para o secretário, o dado não é preocupante e é pontual. “No fechamento do terceiro trimestre de 2023, a participação de Minas no PIB nacional era de 8,7%. Este ano, no acumulado, Minas está com 9,1%”, destaca. Ele acrescenta que o governador assumiu a administração do Estado, com a participação de 8,8%, e que deve passar de 9,5%, que é a expectativa para 2024. Ele também falou do desempenho positivo do emprego em Minas Gerais.

Outro resultado destacado durante o balanço de ações e projetos voltados para o desenvolvimento econômico em 2024 foi a execução de 100% do orçamento do setor de ciência, tecnologia e inovação via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). O valor foi recorde e chegou a R$ 472,2 milhões.

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