Setor de bolsas e acessórios registra crescimento em Minas

Empresas da indústria de bolsas e acessórios em Minas Gerais registraram um aumento de até 15% na demanda no final do ano passado na comparação com 2021, de acordo com o presidente do Sindicato Intermunicipal da Indústria de Bolsas e Cintos de Minas Gerais (Sindibolsas-MG), Celso Afonso. O destaque ficou para o setor de brindes corporativos, que apresentou um retorno significativo durante o período.
Quanto ao rendimento durante o ano de 2022, Afonso lembra que o IBGE chegou a divulgar uma pesquisa que apontava para um aumento de 8,5% nas vendas do setor de vestuário, frente ao ano anterior, e conclui que a indústria de bolsas e acessórios deve ter apresentado um aproveitamento parecido. “Podemos dizer que nós também estamos nesta média”, informa.
Ele também relata que devido a um cenário de mudanças no País, as empresas do setor se prepararam e investiram na aquisição de produtos, no marketing e no treinamento de suas equipes de funcionários para conseguir superar os novos desafios que essas empresas teriam que enfrentar. Ele reforça que o setor de bolsas está sempre preocupado com a qualidade dos produtos e também com a divulgação de suas respectivas marcas. “O investimento nestas áreas é constante e sempre estão preparados e programados para as datas comemorativas do calendário”, afirma.
Afonso ainda destaca o crescimento significativo no setor de brindes corporativos. O presidente do sindicato explica que com o final da pandemia, as grandes empresas voltaram a investir em brindes personalizados; fazendo com que esse segmento apresentasse um retorno positivo durante o período.
Desafios
Quanto aos desafios que o setor enfrentou no ano passado, Afonso destaca a dificuldade para contratar mão de obra qualificada; “cada vez mais estão terceirizando as etapas de confecção das bolsas. Mas há uma grande procura para estes profissionais serem contratados “, relata.
Outro fator citado foi o alto preço da matéria-prima que gera um impacto direto no valor dos produtos. Para ele, esse “é o maior desafio que o setor enfrenta nos últimos anos”.
O presidente do Sindibolsas-MG acredita que só foi possível voltar a vender como antes da pandemia, graças à retomada das feiras presenciais e à estabilização do comércio. Mas ele reforça que, ainda assim, o cenário segue sendo desafiador para essa indústria.
Expectativa
Já em relação às perspectivas da indústria de bolsas e acessórios para 2023, Afonso relata que o setor ainda está aguardando os sinais de como o mercado irá reagir a esse novo governo. Mas ressalta que o setor de bens de consumo normalmente se sobressai com mudanças, assim como ocorreu em anos anteriores; “estamos atentos para aproveitar as oportunidades”, conclui.
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