Setor fabricante de bolsas no Estado sente impactos da pandemia em 2020

22 de janeiro de 2021 às 0h22

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Crédito: Alisson J. Silva / Arquivo DC

A pandemia de Covid-19 e a crise desencadeada prejudicaram o desempenho de diversos setores econômicos de Minas Gerais. Com o fechamento do comércio, suspensão de eventos e aumento do desemprego, a demanda por vários produtos recuou, causando prejuízos aos empresários. Um dos segmentos afetados foi o das indústrias de bolsas de acessórios de Minas Gerais. 

De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Bolsas do Estado de Minas Gerais (Sindibolsas), Celso Afonso, logo no início da pandemia, o setor sentiu de forma drástica os efeitos da crise gerados pela implantação do isolamento social, o que prejudicou o lançamento de coleções. 

Os primeiros meses do ano são considerados os mais importantes em relação às vendas. Com o fechamento do comércio, foi necessário, a princípio, suspender também a produção nas fábricas. Pelo setor ser muito diversificado, o Sindibolsas ainda não tem os dados numéricos do impacto da pandemia no nível de vendas e de faturamento do setor.   

“Estávamos prontos para lançar a coleção de verão, nossa principal época para vendas, quando fomos surpreendidos com o fechamento do comércio e, por um período, suspendemos a produção das fábricas. Os primeiros 40 dias foram os mais difíceis, não sabíamos como reagir ao caos instalado”, explicou Afonso. 

Para reduzir os prejuízos, empresários do setor buscaram alternativas, como as vendas on-line e pelas redes sociais. 

“Aos poucos, fomos nos adaptando, começamos a contatar nossos clientes e usando a tecnologia a nosso favor, começamos a vender por aplicativos e redes sociais. Tivemos, no período, picos de vendas, às vezes bons e outros nem tanto”. 

Dentre os desafios enfrentados, Afonso destaca a insegurança em relação ao mercado e o receio de não conseguir superar a crise. Além disso, o setor enfrentou falta de matéria-prima e aumento dos preços dos insumos. 

“Nos mantermos motivados, enfrentar a insegurança do mercado, superar o medo de não nos recuperarmos, encarar a novidade do trabalho em casa, foram muitos os desafios e  mais ainda a superação. Faltaram quase todos os insumos para a produção das bolsas, e o pouco que tinha era com um preço muito acima do praticado antes”. 

Poucas demissões – Mesmo com as dificuldades, as demissões no setor foram poucas, já que os empresários utilizaram o Benefício Emergencial para Preservação do Emprego e da Renda (BEM), que permitiu a redução dos salários e carga horária ou a suspensão dos contratos de trabalho. 

Para 2021, as expectativas são positivas e a esperança é de recuperar as vendas.

“Estamos esperançosos, aprendemos a lidar com a pandemia, tivemos que nos tornar criativos, enfrentar a cada dia as novas e inusitadas situações, e, neste momento, estamos mais preparados para as fases que ainda podem surgir. Aprendemos muito e, principalmente, entendemos que estamos aptos a encarar os desafios que temos pela frente. A economia caminha bem! E compartilhamos com a posição da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) de que este será o ano da indústria”.

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