Vale Douro investe R$ 15 mi para atender mercado externo

O mercado norte-americano está no foco da indústria mineira de biscoitos, Vale Douro, sediada em Formiga, região Centro-Oeste. Com 30 anos de operação e mais de 20 anos de experiência em exportação, a empresa vai ampliar em 10% sua produção para fabricação de uma nova linha de biscoitos com foco no consumidor dos Estados Unidos. O investimento de cerca de R$ 15 milhões inclui expansão física da planta e compra de novos maquinários na Itália. O diretor comercial e da área internacional da Vale Douro, Alexandre Soares Lima, explica que a empresa já tem uma longa tradição em exportação nos Estados Unidos e no Japão, que são os principais mercados internacionais da empresa, além da Inglaterra e de Portugal. De acordo com ele, 60% do público consumidor da marca nesses países é composto pela comunidade brasileira, que busca nos produtos do país uma lembrança de casa. “O mercado da saudade é muito importante para abrir as portas para os produtos brasileiros. Muitas redes importantes nos EUA já perceberam a quantidade de brasileiros por lá e têm investido em produtos do nosso País para uma sessão que eles chamam de produtos étnicos”, explica. De acordo com o executivo, depois que a marca entrou e ganhou força no mercado norte-americano por causa da comunidade brasileira, o produto passou a ser consumido, também, pelos próprios americanos e por pessoas de outros países que moram nos EUA. “Cerca de 40% do público que consome nosso produto nos EUA é formado pelos americanos e pelos hispânicos. O biscoito de polvilho e os sequilhos são snacks (lanches) práticos e baratos para os norte-americanos. Além disso, temos tido o cuidado de adaptar a receita tipicamente mineira com ingredientes como pimenta, salsa e cebola e jalapeno para atrair os hispânicos”, afirma. E é justamente essa estratégia de adaptação ao mercado externo que levou a indústria a apostar na ampliação de sua fábrica este ano. De acordo com Lima, a Vale Douro está investindo cerca de R$ 15 milhões na ampliação de 10% de sua produção. O aporte será aplicado na expansão física da fábrica e na compra de maquinários italianos para a produção de uma nova linha de biscoitos: os mini-cookies. O executivo ainda destaca que os novos equipamentos também auxiliarão na produção dos demais biscoitos da Vale Douro e ainda suportarão a criação de novas linhas. Segundo Lima, a linha dos mini-cookies tem receita baseada na quitanda mineira e segue a linha sem glúten e sem lactose. Ela já está em desenvolvimento e a expectativa é que a primeira remessa saia em outubro e chegue aos Estados Unidos em novembro. “Hoje, a exportação representa 8% do nosso faturamento e a expectativa é que, com essa nova linha, essa representação dobre. Isso quer dizer um aumento de 7% a 10% no nosso faturamento”, comemora.

O Diário do Comércio está no WhatsApp.
Clique aqui e receba os principais conteúdos!