Especial

Urbô aposta em tecidos sustentáveis

Antônio Batista, Adriana Muls, Aloísio Rebelo, Matheus Menezes, Luiz Carlos Costa e Yvan Muls | Crédito: Alessandro Carvalho

Marca de moda masculina que tem a sustentabilidade entre os pilares do negócio, a Urbô foi criada em 2016 no município de Divinópolis, na região Centro-Oeste do Estado. Desde então, oferece ao mercado peças feitas a partir de matérias-primas inusitadas, como borra de café, garrafa Pet, cânhamo e fibra de banana. E, se no início, a aposta gerou desconfianças, hoje se mostra acertada e capaz de atender a diferentes anseios de lojistas e consumidores em todo o Brasil e acaba de receber o Prêmio José Costa, na categoria “Produção Responsável e Competitividade”.

Em sua trajetória, a Urbô tornou-se uma marca full service, fornecendo roupas e acessórios a mais de 300 varejistas multimarcas em 15 diferentes estados. Sem contar os inúmeros consumidores on-line que navegam pelo e-commerce próprio.

Um dos sócios-fundadores, Aloysio Leal Rebello Filho, conta que a escolha dos fornecedores segue a mesma linha ecológica, pois a premissa que defendem envolve a sustentabilidade do início ao fim dos processos.

“Muitas (marcas) fazem linhas ecológicas apenas por fazer ou apenas porque é cool. Outras falam que fazem, mas não fazem. Confundem oportunidade com sustentabilidade ao trabalhar com restos de tecidos. Por isso, temos a meta de, em breve, comunicar nossos resultados. Queremos que o cliente consiga acessar nosso relatório em tempo real e acompanhe os processos e insumos utilizados”, revela.

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A ideia surge, justamente, da necessidade de as empresas cada vez mais comunicarem suas ações. “Para nós isso não é uma questão de marketing, mas de pilares internalizados. Além dos fornecedores com os melhores selos de sustentabilidade, nossas tags também são plantáveis e toda a água empregada em nossa produção é reutilizada”, exemplifica.

Desempenho ancorado em sustentabilidade

A aposta da Urbô tem dado certo. Na contramão da indústria do vestuário, que vinha acumulando perdas de cerca de 30% durante os últimos dois anos, segundo a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), a empresa faturou R$ 9 milhões em 2021 e espera crescer 20% este ano.

Além da proposta da marca, a demanda por produtos sustentáveis e maiores escolhas por parte do público masculino têm sido fundamentais para o sucesso dos produtos. 

“Percebemos uma preocupação cada vez maior do homem em estar bem vestido. Antes isso era mais notável nas mulheres, mas agora isso tem vindo forte para o público masculino também. Sem contar que as pessoas estão mais seletivas com tudo o que consomem e nossos produtos estão alinhados com essas escolhas responsáveis”, conclui. Por esses e outros motivos, a marca foi agraciada na categoria “Produção Responsável e Competitividade”, na oitava edição do Prêmio José Costa.

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