Legislação

TCU realizará auditoria em prejuízo da Previ

Na quarta-feira (5), foi aprovada na sessão plenária a abertura da auditoria, em caráter de urgência
TCU realizará auditoria em prejuízo da Previ
Foto: Reprodução Adobe Stock

São Paulo – O Tribunal de Contas da União (TCU) informou nesta quinta-feira (6) que não há prazo determinado para o início da auditoria na Caixa de Previdência da Previ e na Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). Na quarta-feira (5), foi aprovada na sessão plenária a abertura da auditoria, em caráter de urgência.

O ministro Walton Alencar Rodrigues avaliou nesta quinta que os resultados obtidos no ano de 2024 “dão causas a gravíssimas preocupações”. Ele mencionou que, entre os meses de janeiro e novembro de 2024, o Plano 1 da Previ acumulou “prejuízo” de aproximadamente R$ 14 bilhões.

A Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) defendeu nesta quinta, em nota, que a rentabilidade dos fundos de pensão precisa ser analisada no longo prazo. Para a entidade, a “interpretação limitada” de um período específico pode gerar “percepções equivocadas sobre a solidez e governança” do sistema de previdência complementar fechada.

A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, afirmou, em nota publicada na noite de quarta-feira (5), que seus planos continuam em equilíbrio e que não há nenhum risco de equacionamento nem de pagamento de contribuições extraordinárias pelos associados ou pelo BB. A manifestação vem após a aprovação, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), da abertura de uma auditoria em caráter de urgência sobre a gestão da Previ.

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Sobre os investimentos do plano Previ Futuro, o ministro Walton Alencar Rodrigues mencionou que houve rendimento de apenas 1,58% em 2024. A Previ atribuiu os números ao “bom resultado de 2023, também construído pela atual gestão da entidade”, e disse que não comenta decisões do TCU, responsável por fiscalizar a aplicação de recursos públicos.

Mas frisou que é necessário corrigir afirmações e alertar os associados sobre um “erro de entendimento” veiculado na imprensa: “O déficit de um determinado período não pode ser confundido com prejuízo. São conceitos bem distintos. A Previ não precisou vender nenhum ativo em 2024 para recompor suas reservas ou cumprir com suas obrigações. Pelo contrário, segue saudável pagando mais de R$ 16 bilhões em benefícios por ano, inclusive com recursos oriundos de dividendos das empresas que possui em seu portfólio.»

A Previ também disse que ilações sobre falhas de gestão levam intranquilidade para pessoas que, na maioria, têm mais de 70 anos.

Reportagem distribuída pela Estadão Conteúdo

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