BH Airport faz expansão do Terminal de Passageiros 1
As obras de expansão e reforma do Terminal de Passageiros 1 do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, localizado em Confins (RMBH), caminham para o fim. Com investimentos da ordem de R$ 100 milhões, as intervenções estão sendo feitas principalmente na sala de embarque e incluem ainda a ampliação das áreas comerciais, bem como a revisão de fluxos e processos como raio-X, check-in, restituição de bagagens, salas e portões de embarque. A previsão é que a nova área seja liberada aos passageiros em dezembro.
De acordo com o diretor de Operações da BH Airport, Herlichy Bastos, a reconfiguração do terminal vai colocar o aeroporto em um novo patamar de excelência, melhorando significativamente a eficiência operacional. Isso inclui uma maior área de circulação dos passageiros com novas operações comerciais. Tudo em linha com o plano de negócios adequado à capacidade de receber 32 milhões de passageiros anualmente.
“Temos algumas ambições desenhadas para tomar frente e ter vantagem competitiva em relação aos demais aeroportos do País. Dois importantes pilares sustentam esse objetivo: inovação e sustentabilidade. Estas frentes precisam ser construídas e estruturadas ao longo do tempo e dependem de investimentos e parcerias”, diz.
Investimentos e parcerias que estão sendo feitos para além da própria expansão do terminal – algo mais perceptível por parte de quem transita pelo aeroporto. Bastos cita a instalação de um centro de inovação que deve ficar pronto em meados de 2023. O objetivo é promover sinergia com empresas e entidades âncoras de relevância nacional, trabalhando no desenvolvimento de tecnologias aeroportuárias, mobilidade e conectividade.
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“O centro ainda está sendo estruturado, mas já conta com importantes parceiros, como Sebrae, FCJ Venture Builder, Raja Valley, Embraer, PUC-Minas, Fundação Dom Cabral, Ericsson, Vivo e Stellantis”, diz.
Latam opera com veículos elétricos no aeroporto
No quesito sustentabilidade, o diretor relembra a iniciativa da Latam Brasil em parceria com o aeroporto e a Real Aviation para implantação do serviço de ground handling sustentável, anunciada no fim do mês passado. Aportes de mais de R$ 30 milhões permitiram que as operações de solo da companhia aérea passassem a ser realizadas por equipamentos movidos a energia elétrica em vez de diesel.
A iniciativa tornou o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte o primeiro da América Latina a implementar a operação de ground handling 100% elétrica. “Além da infraestrutura necessária para viabilizar as operações, com equipamentos de geração de energia e pontos para recarga, a BH Airport objetiva ser uma provedora deste tipo de serviço. E a tendência, inclusive, é que isso seja incorporado nas nossas próprias operações”, completa.
Conforme publicação do DIÁRIO DO COMÉRCIO, uma das estratégias corporativas da concessionária visa que o aeroporto seja considerado como um Aeroporto Verde, segundo prevê a certificação internacional de Aeroportos da América Latina. “Já somos reconhecidos por essa atuação e projetos como esse contribuem para que a gente consiga outras certificações vinculadas à sustentabilidade, principalmente, no que diz respeito à pegada de carbono”, afirmou o gestor de operações e segurança da BH Airport, Robson Freitas, na ocasião do lançamento do projeto.
Aeroporto registra aumento de passageiros e cargas
Os esforços têm dado certo. O aeroporto tem registrado bons níveis de desempenho no decorrer de 2022. Apenas no primeiro semestre, a movimentação aumentou em 60% sobre o volume do ano passado, chegando a 4,5 milhões de passageiros. Para o exercício como um todo é aguardado um marco de 10 milhões contra os 7 milhões alcançados em 2021. Tamanho otimismo, de acordo com Bastos, se deve ao tradicional aquecimento do fluxo no segundo semestre e à retomada dos voos passado os momentos críticos da pandemia.
“Apenas em julho, o fluxo deverá ser 40% maior que na mesma época do ano passado. Temos acompanhado um forte aquecimento especialmente nas viagens domésticas. Na semana passada registramos um recorde de mais de 34 mil passageiros que passaram pelo terminal em um único dia”, diz.
O aeroporto já está operando 50 destinos, o que indica uma recuperação próxima de 90% da malha existente em 2019. Em relação às rotas internacionais, permanecem os esforços para atrair mais voos. Antes da pandemia, eram oferecidos no aeroporto voos para cinco destinos internacionais: Orlando, Fort Lauderdale, Buenos Aires, Cidade do Panamá e Portugal. Até o momento, foram retomadas as operações para Portugal, com a TAP, e para a Cidade do Panamá, com a Copa Airlines.
Por fim, o diretor de Operações da BH Airport destaca as expansões para o processamento de cargas no terminal. Estão previstos investimentos de R$ 30 milhões apenas no Aeroporto Industrial – o primeiro do tipo do País – que vai ter suas áreas adequadas em vistas de receber novas empresas a partir de 2023.
”A pujança das cargas está muito atrelada ao fortalecimento da malha aérea. Quanto mais o aeroporto cresce, mais oportunidades para a área de cargas. Mas a BH Airport trabalha também na consolidação da operação multimodal, com o transbordo e desembaraço de cargas marítimas. Além disso, há uma grande aposta no Aeroporto Industrial. A próxima expansão, que visa o acréscimo de novos galpões, vai permitir acelerar a captação de outras empresas para a área”, conclui.
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