Sátira Gastrobar diversifica seus negócios

Já há algum tempo a Sátira não é mais apenas uma cervejaria, mas um grupo com diferentes frentes de negócios. Fundada em Nova Lima (RMBH) há pouco mais de seis anos, se tornou uma rede de bares e restaurantes com ampla carta de vinhos e espumantes, além de uma gastronomia diferenciada. E dentro de uma perspectiva de cada vez mais atender aos anseios do consumidor, está entrando também no mercado de destilados e já planeja expandir suas unidades gastrobar para além das fronteiras de Minas.
Produzindo para suas casas próprias há quase dois anos, as bebidas começam agora a chegar às gôndolas de supermercados. Serão três rótulos inicialmente: Gin London Dry, Gin New Navy e o Whisky Single Malte.
Mas os planos não param por aí. Conforme o CFO da marca, José Roberto Oliveira, também já está em desenvolvimento uma vodka, que deverá ser lançada em meados do ano que vem. “E queremos ampliar mais. Pensamos em cachaça e até vinhos – mas isso em um prazo maior, talvez daqui mais um ano”, diz.
As estratégias do negócio acompanham as demandas do consumidor, mas igualmente o potencial de cada mercado. Oliveira explica que a entrada no segmento de destilados se deu, justamente, pela elevada concorrência e saturação do setor cervejeiro e, ao mesmo tempo, pelo considerável nível de comercialização de drinks nos bares das casas da marca. Em algumas, segundo ele, os destilados chegam a representar de 15% a 20% do faturamento do estabelecimento.
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Foi então que surgiu a ideia de a Sátira produzir suas próprias bebidas destiladas.
“Fomos ao mercado buscar parceiros. Iniciamos com a produção do gin e em pouco mais de um ano e meio de produção a bebida já recebeu medalha de ouro na 20ª edição do concurso Vinhos e Destilados do Brasil, além da medalha de prata no Spirits Selection by Concours Mondial de Bruxelles (CMB), considerado o maior concurso de destilados do mundo. Também recebemos a medalha de ouro, o prêmio de melhor Gin Brasileiro no World Gin Awards e ainda ouro em Lion, na França e bronze em São Francisco, nos EUA”, detalha.
Os outros dois rótulos vieram na esteira. E com o lançamento e a chegada nos supermercados, outra estratégia foi a suspensão das vendas de latas de cervejas. Neste caso, conforme o CFO, porque entenderam que o produto estava “jogando contra” os bares e restaurantes próprios da Sátira.
“As pessoas acabavam assimilando que éramos apenas cervejaria e não se permitiam conhecer nossas unidades. Sem contar que a cerveja em lata é um produto perecível, que traz problemas de controle de estoque e o destilado não. E também possui menor valor agregado. Então, percebemos que essa nova estratégia, além de tudo, é mais rentável”, revela.
A aposta nas casas próprias também segue firme. Segundo ele, uma unidade em um dos pontos mais nobres de Belo Horizonte vai ser aberta no primeiro semestre do ano que vem. E possivelmente será a última na capital mineira. A partir daí, o grupo vai extrapolar as fronteiras de Minas Gerais. Brasília (DF), Goiânia (GO) e São Paulo (SP) estão no radar.
“A expectativa é chegar a alguma dessas localidades entre o segundo semestre de 2023 e o início de 2024. E a meta mais ousada é dentro de cinco a seis anos somarmos 20 casas pelo Brasil”, aposta.
Hoje são cinco na capital mineira: Sátira Conveniência; Sátira Vila da Serra; Sátira Boulevard Shopping; Sátira Castelo e Sátira Lounge.
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