Política

Centrão oficializa apoio a Alckmin

Brasília – O pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, recebeu ontem formalmente o apoio do Centrão – formado por PP, DEM, PR, PRB e SD -, mas sem uma definição do nome que comporá a chapa presidencial como candidato a vice. O empresário Josué Gomes, que foi indicado pelo grupo para ser o vice do tucano, recusou o convite, segundo informação dada a jornalistas pelo cacique do PR Valdemar Costa Neto. Logo após o anúncio do apoio, em um hotel em Brasília, Alckmin disse que não há pressa para a definição do vice, já que a convenção do PSDB será realizada apenas em 4 de agosto, e que a escolha do nome será uma decisão coletiva. “Agora vamos nos debruçar na questão do vice”, disse o ex-governador de São Paulo, comentando que acabava de receber formalmente o apoio do grupo de partidos. “O vice é uma decisão coletiva, não temos pressa, temos até o dia 4 de agosto, que é a data da convenção”, disse. Alckmin afirmou não ter preferências, mas reconheceu que a escolha deverá complementar a chapa. Os líderes do Centrão, no entanto, já estavam reunidos na casa do presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), após o evento no hotel, para discutir nomes para a vaga. Costa Neto falou com os jornalistas sobre a desistência de Josué ao chegar para essa reunião. Segundo o deputado Paulo Pereira da Silva (SD), o Paulinho da Força, se não houver convergência, o grupo poderá apresentar uma lista de nomes para Alckmin. O prefeito de Salvador e presidente do DEM, Antônio Carlos Magalhães Neto, disse que seu partido, assim como os demais integrantes do bloco, irá sugerir quadros, mas que a palavra final será do tucano. “O Democratas não trabalha nem com imposição e nem com vetos”, disse a jornalistas antes de seguir para a reunião para discutir a indicação a vice. “Queremos identificar um nome que tenha o melhor perfil e que possa agregar. Se vai ser do partido A, B ou C, é exatamente a construção que vamos fazer agora. Vamos escolher pelo perfil, e não pelo partido”, declarou. Maia – Integrantes do Centrão dizem que o vice não pode vir do DEM, porque o partido ficaria com muito espaço na coligação, uma vez que a legenda já tem a promessa da manutenção de Rodrigo Maia na presidência da Câmara dos Deputados por mais um período de dois anos. Maia não participou do evento para o anúncio formal de apoio a Alckmin, mas teve uma carta lida pelo presidente do DEM, na qual abriu mão oficialmente de sua postulação à Presidência da República. “Arquivo, momentaneamente, a pretensão presidencial que vislumbrei para marcharmos juntos, em 2018, com o projeto que estamos construindo em torno de Geraldo Alckmin”, afirmou Maia na carta. O presidenciável tucano defendeu um “esforço conciliatório” para ganhar as eleições e governar o País e argumentou que a democracia, a economia e as conquistas sociais se fortalecem quando o Brasil busca a “pacificação”. “Essa não é uma tarefa para uma pessoa ou um partido, é uma tarefa coletiva”, disse o tucano, em discurso após a formalização do apoio do Centrão.

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