Política

Executiva do PTB aprova apoio a Geraldo Alckmin

Brasília – A Executiva Nacional do PTB aprovou ontem, por unanimidade, o apoio ao candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, e a decisão será levada para ser oficializada na convenção do partido em 28 de julho. Em carta aos filiados, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, justificou o apoio a Alckmin alegando que o candidato tucano defende as mesmas medidas propostas pelo PTB, como menos impostos e gastos públicos. Segundo Jefferson, o ex-governador de São Paulo é capaz de pacificar o País, que hoje é uma “bomba-relógio”. “A pessoa que reúne todas essas qualidades, defende as bandeiras que defendemos e nos respeita, política e partidariamente, é Geraldo Alckmin”, diz o texto. A reunião formalizou um apoio que já havia sido anunciado por Jefferson há vários meses. Mesmo estando no governo do presidente Michel Temer, o PTB havia avisado ao Palácio do Planalto que apoiaria Alckmin e não o candidato do governo, se este não fosse o próprio tucano. Até duas semanas atrás, o PTB comandava o Ministério do Trabalho. No entanto, depois de ter sido implicado mais uma vez em investigações da Polícia Federal na pasta –e desta vez ter o ministro Helton Yomura, indicado por Jefferson, afastado e proibido de entrar no prédio do ministério–, o PTB entregou a pasta ao governo. Além do PTB, Alckmin já fechou o apoio do PSD, partido do ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, e tem praticamente certo o apoio de pelo menos outras duas legendas – PPS e PV -, de acordo com o secretário-geral tucano, deputado Marcus Pestana (MG). Centrão – Para o coordenador do programa de governo de Alckmin nas eleições 2018, Luiz Felipe dAvila, os partidos do chamado ‘Centrão tendem a fechar com o tucano ao analisar que o candidato do PT na eleição presidencial vai tirar votos de Ciro Gomes (PDT), que também negocia uma aliança com legendas do bloco. “Hoje o centrão tende a fechar mais com o Geraldo porque ele tem mais perspectiva de crescimento e esses partidos querem, é óbvio, alguém que tenha perspectiva de poder”, afirmou o coordenador, durante conferência promovida pela GO Associados. Na opinião de Felipe dAvila, o candidato a ser “ungido” pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato, vai tirar votos de Ciro e de Marina Silva (Rede), dando espaço para que Geraldo Alckmin tenha fôlego e chegue ao segundo turno da disputa. “Hoje, o Fernando Haddad aparece na pesquisa com 2%. Se ele for ungido pelo Lula, terá 15%. Quando o candidato do PT se tornar mais competitivo, quem vai perder votos são o Ciro e a Marina porque eles estão capitalizando esse buraco.” Outro ponto a favor do tucano, acrescentou o coordenador do programa, são os “palanques fortes” do PSDB em São Paulo e Minas Gerais. Na conferência, Luiz Felipe dAvila classificou Alckmin como o “líder do pelotão do centro”. “A negociação do centrão é uma análise futurista sobre quem tem chance de sobressair no segundo turno. Nessa conjuntura, a candidatura do PT deve enfraquecer as outras duas candidaturas ditas de esquerda. Com o pelotão do centro dissolvendo ao longo desses próximos dez dias, e ele (Alckmin) foi o líder desse pelotão do centro, o que tende é ele começar a crescer”, afirmou. (Reuters/AE)

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