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Guaidó é reconhecido pelo Brasil

Guaidó é reconhecido pelo Brasil
Brasil, EUA e o Grupo de Lima reconheceram Juan Guaidó como presidente interino - Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins

São Paulo – O governo brasileiro reconheceu ontem o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, como presidente interino do país e se comprometeu a apoiar o “processo de transição” no país vizinho, afirmou nota do Ministério das Relações Exteriores.

Mais cedo, Guaidó prestou juramento como presidente interino da Venezuela, aumentando a pressão sobre o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, cuja posse em um segundo mandato no comando do país foi questionada pela comunidade internacional, especialmente por países latino-americanos.

Enquanto a nota do Itamaraty era divulgada no site do ministério, o presidente Jair Bolsonaro realizava uma entrevista coletiva em Davos, onde participa do Fórum Econômico Mundial, ao lado do presidente da Colômbia, Iván Duque, e de autoridades do Peru e do Canadá para anunciar que os países reconhecem Guaidó como presidente interino da Venezuela.

“O Brasil, juntamente com os demais países do Grupo de Lima, estão reconhecendo um a um esse fato. Nós daremos todo o apoio político necessário para que esse processo siga seu destino”, disse Bolsonaro a jornalistas em Davos.

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No início do mês os governos de Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia, que formam o Grupo de Lima, fizeram um apelo para que Maduro não assumisse um segundo mandato após eleições apontadas como fraudulentas. O México, que também compõe o grupo, não assinou a nota.

Após a posse de Maduro, no dia 10, o Itamaraty afirmou que ele iniciava um mandato ilegítimo e declarou apoio à Assembleia Nacional venezuelana, comandada pela oposição.

O juramento de Guaidó como presidente interino e o reconhecimento dele no cargo por países da região aconteceram no mesmo dia em que ocorreram protestos na Venezuela contra o governo Maduro.

A Venezuela vive uma grave crise política, econômica e social que tem levado milhares de venezuelanos a se refugiarem em outros países
Pouco antes da nota do Itamaraty, a Casa Branca havia divulgado nota informando que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também reconheceu Guaidó como presidente interino da Venezuela.

Trump disse que usará “todo o peso do poder diplomático e econômico dos Estados Unidos para pressionar pelo restabelecimento da democracia venezuelana”, e encorajou outros governos do Hemisfério Ocidental a reconhecerem Guaidó.

Manifestantes saíram ontem às ruas de Caracas e das principais cidades da Venezuela no terceiro dia de protestos contra Maduro. A convocação foi feita pelo presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, o Parlamento do país, o deputado Juan Guaidó.

Guaidó reiterou a promessa de anistia aos militares que abandonarem Maduro e apelou para que fiquem “do lado do povo”.

Protestos – Nas ruas, organizações não governamentais, como o Observatório Venezuelano de Conitividade Social (OVCS), denunciam violência e confrontos entre manifestantes e forças policiais. Segundo o OVCS, um adolescente de 16 anos foi baleado em um dos protestos. (Reuters/ABr)

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