Política

Jair Bolsonaro busca apoio para coligações

Brasília – O deputado Jair Bolsonaro ainda busca acertar alianças com outros partidos para a eleição presidencial de outubro e a convenção do PSL do próximo domingo servirá apenas para formalizá-lo como candidato da sigla à Presidência e não para anúncio de coligações, disse o deputado Major Olímpio (SP), líder da legenda na Câmara dos Deputados. Olímpio disse que, caso não sejam formalizadas alianças, será encontrada uma “solução doméstica” dentro da legenda e não descartou a possibilidade de a advogada Janaína Paschoal, que é filiada ao PSL e se notabilizou por ser uma das autoras do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, tornar-se companheira de chapa de Bolsonaro. “Ainda tem alguns partidos que podem ser potenciais aliados. Se não houver possibilidade de aliança com outro partido, haverá uma solução doméstica dentro dos quadros do partido”, disse Olímpio. Quando indagado sobre a possibilidade de Janaína Paschoal ser companheira de chapa de Bolsonaro, Olímpio confirmou a possibilidade e elogiou a advogada. “É lógico que pode ser. É uma mulher inteligente, uma mulher combativa e um símbolo de mulher, que desmistificaria essa coisa de Jair Bolsonaro ser militar e machista”, avaliou. O pré-candidato do PSL, que lidera as pesquisas de intenção de voto nos cenários sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sonhava em ter como vice o senador Magno Malta (PR-ES), mas o parlamentar decidiu buscar a reeleição para o Senado. As conversas do PSL com o PR, do ex-deputado Valdemar Costa Neto, naufragaram depois que o partido de Bolsonaro se recusou a atender os pedidos do potencial aliado. Após a recusa de Malta, Bolsonaro, que é capitão da reserva do Exército chegou a dizer que anunciaria ainda nesta semana o general da reserva do Exército Augusto Heleno, que é filiado ao PRP, como seu vice. O partido do general, entretanto, rejeitou a aliança. Caso não consiga apoio de outros partidos à sua candidatura, Bolsonaro deverá ter poucos segundos de tempo na propaganda eleitoral no rádio e televisão. “Revolução” – Filiada ao PSL, a advogada Janaina Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment de Dilma Rousseff e cotada para ser vice na chapa do presidenciável de seu partido, Jair Bolsonaro, disse na manhã de ontem, em entrevista à Rádio Eldorado, que ainda não recebeu nenhum convite para essa empreitada. “Não tenho como responder (se aceita ou não ser vice na chapa de Bolsonaro) porque nada me foi perguntado”, disse. Ela, contudo, se mostrou otimista com a possibilidade, dizendo: “Se essa dupla acontecer, será para revolucionar o País”, avisou. Na entrevista, Janaina disse que não conhece Bolsonaro pessoalmente e que falou com ele por telefone quando se filiou ao PSL. Contou, ainda, que após a desistência do PRP em compor com o deputado, indicando o general da reserva Augusto Heleno Ribeiro como vice em sua chapa, seu telefone não parou mais de tocar, com as pessoas pedindo pra ela aceitar o convite para ser vice. “Que não ocorreu”, insistiu. Na sua avaliação, Bolsonaro deve estar refletindo sobre o assunto e sobre todas as possibilidades. “Até porque sou uma pessoa difícil, de forte personalidade”, emendou. Mas, segundo Janaina, a forte personalidade de ambos é o fator que poderia revolucionar o Brasil. “Se essa dupla não consegue mudar o Brasil, ninguém consegue, são duas pessoas de personalidade muito forte. Não conheço ninguém que ame mais o Brasil do que eu. Para o País seria algo significativo”, disse a advogada à Eldorado. Janaina informou que não tem estipulou um limite para a definição sobre ser ou não vice na chapa de Bolsonaro. “Não trabalho com deadline, isso é coisa de criança”, ressaltou. Em sintonia com o que Bolsonaro disse ontem em sua conta pessoal no Twitter – que “seu partido é o povo” -, numa referência às negativas de PR e PRP em compor uma aliança com sua candidatura nessa corrida presidencial, Janaina também falou na entrevista que se for mesmo candidata nessas eleições, pretende governar com “o povo”.

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