Política

Suspensão do reajuste das passagens deve ser votado só em fevereiro de 2024

Proposta de autoria do presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), Gabriel Azevedo, recebeu 14 assinaturas
Suspensão do reajuste das passagens deve ser votado só em fevereiro de 2024
Para ser aprovado, o projeto de suspensão do reajuste das passagens precisa de 21 votos no Plenário | Crédito: Alisson J Silva / Diário do Comércio

O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), Gabriel Azevedo (sem partido) obteve as 14 assinaturas necessárias para seguir com o projeto de resolução que suspende o reajuste do valor das passagens do transporte público da capital mineira. No entanto, o texto só poderá seguir para votação no Plenário em fevereiro do próximo ano, devido ao recesso parlamentar de janeiro.

Azevedo definiu a proposta como “o remédio da Câmara Municipal para esse veneno que é um aumento abusivo da passagem de ônibus”. Ele também afirmou que o prefeito da Capital, Fuad Noman (PSD), colocou os vereadores em uma má situação ao determinar esse aumento do preço das passagens dias antes do recesso, impossibilitando que a CMBH pudesse agir de maneira mais rápida. “Ele nos colocou numa situação ruim e colocou o povo numa situação pior”, disse.

O presidente da Câmara Municipal ainda lembra que a revisão do preço das passagens deve ser feita anualmente, no entanto, Belo Horizonte passou por dois aumentos em um período inferior a dois anos. “Vamos lembrar que esse ano já houve uma revisão do preço da passagem, que acabou sendo depois retornada, porque a Câmara entrou na negociação, mas vigorou, inclusive durante dois meses, a passagem a R$ 6,00”, relata.

Além disso, Azevedo ressalta que o prefeito foi alertado sobre o aumento dos custos e a queda dos subsídios às empresas de transporte público quando a Lei Orçamentária foi entregue à Câmara Municipal de Belo Horizonte.

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Próximos passos do projeto

Os parlamentares só voltarão do recesso no dia 1º de fevereiro e terão até o dia 7 para apresentarem emendas ao texto do projeto e até o dia 12 para escolher os membros da comissão especial. Após a formação da comissão, ela terá 15 dias para emitir parecer, com possibilidade de prorrogar esse prazo por mais 15 dias.

Em seguida, o projeto de resolução é votado em dois turnos em Plenário, necessitando de 21 votos para ser aprovado. Caso isso ocorra, o texto final é promulgado pela mesa diretora da Câmara Municipal, sem que seja necessária a sanção do prefeito.

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