Política

PSD fecha apoio a Alckmin e tucano já negocia com outros três partidos

São Paulo – O PSD, partido do ministro de Ciência, Tecnologia e Comunicações, Gilberto Kassab, fechou apoio ao pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, na eleição de outubro deste ano e o tucano já tem praticamente certo o apoio de pelo menos outras três legendas – PPS, PV e PTB -, disse o secretário-geral tucano, deputado Marcus Pestana (MG). “Já temos uma aliança de cinco partidos a caminho. É a única candidatura que tem isso”, disse Pestana à Reuters por telefone. “Já estamos mais ou menos com um quinto do tempo de TV assegurado, o que já dá uma boa base”, disse o secretário-geral do PSDB. Pestana disse que Alckmin e o PSDB seguem conversando com outras legendas, como o DEM, que tem como pré-candidato o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (RJ), mas que vem mantendo conversas com outras pré-candidaturas, como a de Ciro Gomes, do PDT. De acordo com Pestana, o acordo com o PSD incluiu o acerto de que o PSDB apoiará candidatos da legenda aliada nos estados, como por exemplo no Rio Grande do Norte, onde Robinson Faria tentará a reeleição como governador. No Rio de Janeiro, onde o PSD tem a pré-candidatura de Índio da Costa – vice na chapa presidencial tucana encabeçada por José Serra em 2010 quando integrava o DEM – as conversas ainda estão em andamento. O secretário-geral do PSDB disse que as tratativas com o PSD, com os outros três partidos já praticamente acertados e com potenciais novos aliados ainda não têm abordado a vaga de vice na chapa de Alckmin. “O vice só será objeto de definição na hora que tivermos a visão global da aliança”, disse Pestana. De acordo com pesquisa CNI/Ibope divulgada no mês passado, Alckmin tem entre 4% e 6% das intenções de voto para presidente na eleição de outubro. O tucano tem minimizado a importância das pesquisas neste momento e afirmado que a situação sofrerá alterações quando a campanha começar oficialmente em agosto. Sobre alianças, o presidenciável tucano já havia dito também que tinha conversas avançadas com quatro partidos e o ex-governador de Goiás Marconi Perillo, que é o coordenador político da campanha de Alckmin, havia citado PSD, PTB, PV e PPS como aliados potenciais que estavam bem encaminhados. Alckmin também tem buscado atrair para sua candidatura partidos do chamado centro político entre eles DEM, PP e Solidariedade. Desistência – O empresário Flávio Rocha desistiu de sua pré-candidatura à Presidência da República pelo PRB na sexta-feira (13), e o partido defende o diálogo em busca de “proposta mais equilibrada” para o Brasil. Segundo nota divulgada pelo PRB, a desistência do dono da varejista Riachuelo foi tomada em conjunto com o presidente do partido, ex-ministro Marcos Pereira, e a bancada da legenda no Congresso, dois dias depois de os parlamentares anunciarem que a pré-candidatura estava mantida. “Há um entendimento claro de que o país não pode flertar com os extremos e, por isso, mais do que nunca durante todo o processo, é fundamental que as forças de centro se unam num único projeto”, afirma o PRB no comunicado. “Ao deixar a pré-candidatura, o PRB e Flávio Rocha abrem espaço para o diálogo firme em busca de construir a proposta mais equilibrada para o Brasil. O País não pode errar”, acrescenta. Segundo a nota, o partido vai se dedicar agora a “liderar esse processo e fazer valer a vontade da maioria dos brasileiros, que é o equilibro econômico, a retomada do crescimento e o reencontro com o emprego”. Na pesquisa CNI/Ibope divulgada em junho, o empresário aparecia com apenas 1% das intenções de voto. O PRB faz parte do governo do presidente Michel Temer e é um partido que já deve estar sendo procurado pelo MDB, disse na sexta-feira o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, após anúncio da desistência do pré-candidato do PRB à Presidência, Flávio Rocha, da corrida pelo Planalto. Em entrevista a jornalistas, Marun disse também que Rocha é um nome importante que poderia ser avaliado para compor uma chapa presidencial.

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