Política

Thiago Toscano pode ser convidado por Zema para assumir a SEF

Diretor-presidente da Codemge, Thiago Coelho Toscano, é cotado para o cargo
Thiago Toscano pode ser convidado por Zema para assumir a SEF
Crédito Acervo Codemge

O secretário de Estado de Fazenda de Minas Gerais (SEF), Gustavo Barbosa, vai deixar a pasta e um dos nomes mais cotados para ocupar a posição é o diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), Thiago Coelho Toscano. O secretário adjunto Luiz Claudio Gomes deve assumir interinamente a secretaria, enquanto a exoneração de Barbosa não é publicada. O governador Romeu Zema (Novo) deve escolher o novo secretário nos próximos dias.

O nome de Toscano é bem visto no meio empresarial em razão do trabalho desenvolvido à frente da empresa estatal, integrante da administração pública indireta do Estado, e por uma ala do governo Zema. Bacharel em Ciências Contábeis e Ciências Econômicas pela PUC Minas, o atual presidente da Codemge também foi presidente do Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi) e subsecretário de Planejamento e Orçamento do Governo de Minas Gerais.

Uma fonte disse que o convite do governador Romeu Zema para o cargo de secretário de Estado de Fazenda (SEF) ainda não aconteceu. Entretanto, situação semelhante teria acontecido quando Toscano foi para a Codemge. Na ocasião, o atual presidente da companhia desde 2019 teria ficado sabendo que estava cotado para o cargo por meio de outras pessoas e pela imprensa.

Além do perfil técnico, as habilidades políticas seriam outro ponto a favor de Toscano para ocupar o cargo na SEF, num momento complicado para o governo de Romeu Zema, que está buscando uma saída para a dívida de Minas com a União, que é estimada em R$ 160 bilhões, já que o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), defendido por Gustavo Barbosa, não foi aprovado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e o assunto chegou até o Supremo Tribunal Federal (STF).

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E já se cogitou como alternativa a federalização de estatais mineiras, como a Codemge, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

No último dia 8, quando esteve em Belo Horizonte, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que ficou feliz com a proposta do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de federalizar estatais mineiras em troca de uma redução da dívida que o Estado tem com a União.

Articulada por Pacheco, a proposta é uma das possibilidades elencadas pelo presidente do Senado para que o Estado não precise aderir ao RRF como forma de escalonar o passivo. A justificativa dada por Pacheco é que o regime defendido pelo governo Zema prejudicaria os servidores estaduais ao impedir os reajustes salariais da categoria.

Dívida será desafio para próximo secretário

E a dívida do Estado é justamente um dos temas que devem envolver os trabalhos na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) no início deste ano, já que até o dia 20 de abril vence o prazo fixado pelo ministro do STF Kassio Nunes Marques para que Minas Gerais retome o pagamento das parcelas de sua dívida com a União ou renegocie o débito.

Esse prazo foi anunciado em dezembro do ano passado, após entendimentos que envolveram o presidente da República, o presidente do Senado e o presidente da Assembleia, Tadeu Martins Leite (MDB), e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Diante desse impasse, o nome de Toscano para ser escolhido por Zema e ocupar a SEF ganha destaque. Entretanto, apesar do bom perfil técnico e da boa habilidade política, há um ponto negativo em ocupar o cargo, ao menos, em termos financeiros, já que o rendimento como secretário de Estado é menor que o da presidência da Codemge, segundo dados do Portal da Transparência.   

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