A produção nacional de aço bruto continua em alta. De janeiro a setembro foram produzidas 27,2 milhões de toneladas do produto, uma variação positiva de 20,2% frente ao mesmo período do ano anterior. No intervalo, Minas Gerais foi responsável pelo volume de 8,10 milhões de toneladas, respondendo por 29,8% do total, a maior participação entre os estados produtores. Os dados foram divulgados pelo Instituto Aço Brasil.
Conforme os dados divulgados, a produção de laminados no mesmo período foi de 20,1 milhões de toneladas, aumento de 28,7% em relação ao registrado no mesmo acumulado de 2020. Minas também é destaque na produção de laminados e encerrou os primeiros nove meses com um volume total de 7,3 milhões de toneladas, respondendo por 28% da produção total gerada no País.
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A produção de semiacabados para vendas totalizou 6,2 milhões de toneladas de janeiro a setembro de 2021, um acréscimo de 6,3% na mesma base de comparação.
A demanda pelos produtos siderúrgicos também ficou maior que no ano anterior. As vendas internas chegaram a 17,9 milhões de toneladas de janeiro a setembro de 2021, o que representa uma alta de 29,7% quando comparada com o apurado em igual período do ano anterior.
O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos foi de 21 milhões de toneladas no acumulado do ano até setembro. Este resultado representa uma elevação de 37,3% frente ao registrado no mesmo período de 2020.
Conforme os dados do Instituto Aço Brasil, as importações atingiram 3,9 milhões de toneladas no acumulado do ano até setembro de 2021, um aumento de 162,7% frente ao mesmo período anterior. Em valor, as importações somaram US$ 3,6 bilhões e avançaram 126,7% no mesmo período de comparação.
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As exportações de janeiro a setembro de 2021 alcançaram 7,8 milhões de toneladas e movimentaram US$ 6,5 bilhões. Esses valores representam, respectivamente, retração de 7,6% e aumento de 55,6% na comparação com o mesmo período de 2020.
Setembro
Assim como no acumulado dos nove primeiros meses de 2021, a produção de aço bruto também cresceu quando avaliado somente setembro. No mês, a produção brasileira foi de 3,1 milhões de toneladas, um aumento de 15,3% frente ao apurado no mesmo período de 2020. Minas Gerais respondeu por 31,2% do volume total, com produção de 952 mil toneladas.
Ainda em setembro, a produção de laminados em Minas Gerais chegou a 941 mil toneladas, representando 29,7% do volume nacional, que foi de 2,1 milhões de toneladas. No País, a produção cresceu 8,5% sobre setembro de 2020. A produção de semiacabados para vendas foi de 695 mil toneladas, um aumento de 52,3% em relação ao ocorrido no mesmo mês de 2020.
Em setembro, as vendas do setor no mercado interno cresceram 1,2% frente a setembro de 2020 e atingiram 1,9 milhão de toneladas. O consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 2,2 milhões de toneladas, 8,5% superior ao apurado no mesmo período do ano passado.
As exportações de setembro foram de 949 mil toneladas e o faturamento de US$ 942 milhões, o que resultou em aumento de 26,6% e 150,1%, respectivamente, na comparação com o ocorrido no mesmo mês de 2020.
Confiança cresce entre empresários do setor
Com a produção maior e melhor expectativa, o Indicador de Confiança da Indústria do Aço (Icia) de outubro de 2021 cresceu 1,4 ponto frente ao mês anterior e chegou a 52 pontos, mostrando maior otimismo dos CEOs da indústria do aço. O índice mostrou que os empresários do setor estão confiantes no que se refere às empresas, porém, quando se avalia a situação econômica do País, o cenário, mesmo apresentando aumento no índice, ainda é de desconfiança.
Conforme os dados do Instituto Aço Brasil, o aumento da confiança foi registrado em todos os componentes do Icia e foi puxado, principalmente, pela a melhora das expectativas. Os indicadores referentes à empresa do entrevistado, seja sobre a situação atual ou sobre as expectativas para os próximos seis meses, encontram-se acima de 50 pontos. Já os indicadores referentes à economia brasileira ficaram abaixo de 50 pontos.
O indicador de situação atual cresceu 0,4 ponto frente ao registrado no mês anterior, chegando a 51 pontos. A confiança sobre as condições atuais da empresa dos entrevistados aumentou 0,4 ponto, somando 56,1 pontos.
O índice que mede as condições atuais da economia brasileira também aumentou 0,4 ponto, subindo para 40,9 pontos, mas ainda se manteve abaixo da linha divisória de 50 pontos, significando desconfiança.
O indicador de expectativas para os próximos seis meses cresceu 1,8 ponto frente ao registrado em setembro, para 52,5 pontos.
O índice que mede as expectativas sobre a economia brasileira para os próximos seis meses expandiu 1,1 ponto, para 44 pontos. O indicador de expectativas sobre a própria empresa para os próximos seis meses registrou alta de 2,1 pontos, indo a 56,7 pontos.