Juiz nega bloqueio de R$ 26 bi da Vale

7 de outubro de 2020 às 0h10

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Crédito: Adriano Machado/Reuters

São Paulo – A 2ª Vara da Fazenda Estadual de Belo Horizonte negou ontem pedido de bloqueio de R$ 26,7 bilhões nas contas bancárias da mineradora Vale, segundo comunicado publicado no site do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

A decisão foi tomada pelo juiz Elton Pupo Nogueira, em processo movido por órgãos como o Ministério Público (MP).

No pedido de bloqueio, as instituições argumentaram que a mineradora causou danos socioeconômicos ao Estado e prejuízo superior a R$ 45 bilhões por conta do rompimento de uma barragem de rejeitos em Brumadinho, ocorrido em janeiro do ano passado.

Segundo o MP, o bloqueio seria necessário porque as ações civis públicas na Justiça estariam fragilizadas pela falta de garantias efetivas para as reparações.

Contudo, na avaliação do juiz, desde o bloqueio de R$ 11 bilhões a empresa tem cooperado ativamente e “despendido esforços e recursos em dinheiro na reparação de todos os danos identificados no decorrer do processo judicial”.

“Cabe notar que a Vale já custeou novos meios de fornecimento de água para a cidade de Pará de Minas e a Região Metropolitana de Belo Horizonte e, acertadamente, injetou cerca de um bilhão de reais na economia da região de Brumadinho mediante correto e acertado pagamento emergencial a mais de cem mil pessoas”, acrescentou o juiz.

Segurança das barragens – As instituições alegaram que o valor de R$ 26,7 bilhões corresponde ao lucro líquido distribuído aos acionistas no ano de 2018 e esse montante poderia ter sido aplicado na segurança das barragens.

Para a mineradora, o novo pedido de bloqueio não tem fundamento jurídico, considerando que a empresa tem cumprido medidas reparatórias dos danos causados pelo rompimento.

O magistrado ressaltou que existem valores em garantias líquidas à disposição da Justiça e que as pesquisas e perícias ordenadas por ele estão sendo custeadas pela Vale.

Pupo também determinou a transferência de R$ 992 mil para o Estado de Minas Gerais para o custeio de contratações temporárias realizadas em agosto deste ano, como consequência do desastre.

O valor será retirado do total bloqueado pela Justiça. A Vale havia se manifestado e concordado com a liberação dos recursos. (Reuters)

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